Improviso pode ajudar na economia de água

Saiba como criar em casa um projeto barato de captação de água de chuva e conseguir atingir a meta de economia recomendada

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Saiba como criar em casa um projeto barato de captação de água de chuva e conseguir atingir a meta de economia recomendada

Em tempos de crise hídrica e, consequentemente, medidas já anunciadas como rodízio e racionamento no abastecimento de água, o jeito é improvisar. Mesmo com o gasto de água para o consumo caseiro sendo considerado mínimo, a população acaba tendo que pagar a conta. Sistemas improvisados de captação de água da chuva como uma alternativa de economia estão sendo desenvolvidos em alguns quintais, mas será que é a melhor saída?
Para o professor de Engenharia Hidráulica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Nilo Nascimento, o melhor é contratar um profissional para criar o projeto. ?É melhor evitar riscos e contratar um projeto de engenharia de instalação hidráulica para captação de água de chuva. O dimensionamento deste sistema não é muito simples, sem falar que deve-se tomar um cuidado extremo para que a água potável não entre em contato com essa água da chuva?, explica.
Além disso, o engenheiro cita como um dos riscos do sistema caseiro a falta de cálculos para que o reservatório não transborde. ?Se o reservatório for muito pequeno em relação a demanda de chuvas, a água vai acabar transbordando. Se for um sistema muito grande, vai acabar gerando um custo elevado que não vai ser compensado pela economia?, pontua.
Já para o também professor de engenharia hidráulica da UFMG Márcio Baptista, um leigo pode tranquilamente criar este sistema em casa.
?Isso é muito simples de se fazer. Geralmente, você capta essa água do telhado, das calhas. Essa água é conduzida por uma tubulação até um reservatório que pode ser improvisado. Um tambor, por exemplo. Em alguns casos, essa estrutura pode até ser integrada arquitetonicamente à sua casa?, ensina.
Segundo ele, a água da chuva pode até mesmo servir para o acionamento do vaso sanitário, o que implica em criar outra tubulação na casa. No caso de um sistema externo, com o uso de materiais acessíveis e de baixo custo, como canos de PVC e tambores, a água da chuva passa pela tubulação e vai para o reservatório. ?Essa água pode até passar por um processo simples de filtração, já que nas calhas do telhado pode ter muitas folhas e alguma sujeira. Mas esse filtro também é algo simples de se acoplar no sistema, uma telinha na entrada do cano, por exemplo, já resolve, evita que entre folhas e retém o material sólido?, explica Baptista.
Já o tamanho do reservatório, depende da demanda de água em cada casa. Pode-se utilizar um tambor de 200 litros ou mesmo uma piscina de 4 mil litros.
?É importante lembrar que essa água não deve em hipótese alguma ser utilizada para beber, porque a água da chuva traz poluição. Mas fora isso, o sistema é simples e eficiente para se economizar água. Há alguns anos, inclusive, esse projeto foi muito incentivado na Europa, e tem algumas regiões, como Paris, que em um período de 10 anos conseguiram uma economia de cerca de 30% na água, coincidentemente o valor que tem se pedido para o cidadão economizar aqui em meio a essa crise hídrica?, explica.
É possível encontrar tambores de plástico para armazenamento de água a partir de R$ 100 o de 200 litros, e alguns já vem até com uma torneirinha acoplada. Já os canos de PVC têm o preço variável de acordo com largura e tamanho, sendo encontrados valores a partir de R$ 5. As telinhas podem ser improvisadas com algum material que já se tenha em casa, ou no mercado, em torno de R$ 20 por metro no estilo mosqueteiro.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Improviso pode ajudar na economia de água

Saiba como criar em casa um projeto barato de captação de água de chuva e conseguir atingir a meta de economia recomendada.

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Saiba como criar em casa um projeto barato de captação de água de chuva e conseguir atingir a meta de economia recomendada.

Em tempos de crise hídrica e, consequentemente, medidas já anunciadas como rodízio e racionamento no abastecimento de água, o jeito é improvisar. Mesmo com o gasto de água para o consumo caseiro sendo considerado mínimo, a população acaba tendo que pagar a conta. Sistemas improvisados de captação de água da chuva como uma alternativa de economia estão sendo desenvolvidos em alguns quintais, mas será que é a melhor saída?

Para o professor de Engenharia Hidráulica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Nilo Nascimento, o melhor é contratar um profissional para criar o projeto. “É melhor evitar riscos e contratar um projeto de engenharia de instalação hidráulica para captação de água de chuva. O dimensionamento deste sistema não é muito simples, sem falar que deve-se tomar um cuidado extremo para que a água potável não entre em contato com essa água da chuva”, explica.

Além disso, o engenheiro cita como um dos riscos do sistema caseiro a falta de cálculos para que o reservatório não transborde. “Se o reservatório for muito pequeno em relação a demanda de chuvas, a água vai acabar transbordando. Se for um sistema muito grande, vai acabar gerando um custo elevado que não vai ser compensado pela economia”, pontua.

Já para o também professor de engenharia hidráulica da UFMG Márcio Baptista, um leigo pode tranquilamente criar este sistema em casa.

“Isso é muito simples de se fazer. Geralmente, você capta essa água do telhado, das calhas. Essa água é conduzida por uma tubulação até um reservatório que pode ser improvisado. Um tambor, por exemplo. Em alguns casos, essa estrutura pode até ser integrada arquitetonicamente à sua casa”, ensina.

Segundo ele, a água da chuva pode até mesmo servir para o acionamento do vaso sanitário, o que implica em criar outra tubulação na casa. No caso de um sistema externo, com o uso de materiais acessíveis e de baixo custo, como canos de PVC e tambores, a água da chuva passa pela tubulação e vai para o reservatório. “Essa água pode até passar por um processo simples de filtração, já que nas calhas do telhado pode ter muitas folhas e alguma sujeira. Mas esse filtro também é algo simples de se acoplar no sistema, uma telinha na entrada do cano, por exemplo, já resolve, evita que entre folhas e retém o material sólido”, explica Baptista.

Já o tamanho do reservatório, depende da demanda de água em cada casa. Pode-se utilizar um tambor de 200 litros ou mesmo uma piscina de 4 mil litros.

“É importante lembrar que essa água não deve em hipótese alguma ser utilizada para beber, porque a água da chuva traz poluição. Mas fora isso, o sistema é simples e eficiente para se economizar água. Há alguns anos, inclusive, esse projeto foi muito incentivado na Europa, e tem algumas regiões, como Paris, que em um período de 10 anos conseguiram uma economia de cerca de 30% na água, coincidentemente o valor que tem se pedido para o cidadão economizar aqui em meio a essa crise hídrica”, explica.

É possível encontrar tambores de plástico para armazenamento de água a partir de R$ 100 o de 200 litros, e alguns já vem até com uma torneirinha acoplada. Já os canos de PVC têm o preço variável de acordo com largura e tamanho, sendo encontrados valores a partir de R$ 5. As telinhas podem ser improvisadas com algum material que já se tenha em casa, ou no mercado, em torno de R$ 20 por metro no estilo mosqueteiro.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo Online

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.