O incêndio que atinge há oito dias o Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, no Centro-Oeste de Minas Gerais, deve consumir com aproximadamente 50 mil hectares de vegetação. A previsão foi divulgada pelo chefe do parque, Darlan Alcântara de Pádua.
Nesta sexta-feira (14), o trabalho de combate será feito com o auxílio de abafadores, bombas costais, três aviões, foices, facões, bombas d?água e pelos menos dez viaturas.
Nessa quinta-feira (13), novos focos de incêndio foram descobertos e o fogo conseguiu transpor o ribeirão Santo Antônio.
A causa do incêndio, que já caminha no sentido da cidade de São Roque de Minas, ainda é desconhecida e só será descoberta após a realização de uma perícia técnica, que será feita depois do combate. A única certeza que a administração do parque tem é que as chamas não foram provocadas por raios, que é a principal causa natural de incêndios na região da Canastra.
Ainda de acordo com Darlan Alcântara de Pádua, foi constatado que, depois da saída da chapada do parque, os focos evoluem para regiões de relevo, o que não favorece o combate, que é feito em áreas de difícil acesso, como escarpas e montanhas. Além disso, o vento, que varia de intensidade nos diversos locais que as chamas atingem, e as altas temperaturas dificultam o trabalho dos combatentes.
Por medida de segurança, as portarias 1, 2 e 3 do parque continuam fechadas. Apenas a portaria 4, que dá acesso à parte baixa da Cachoeira da Cascadanta, ainda está aberta.
Prejuízos
Após oito dias de queimada, o incêndio na Serra da Canastra já causou prejuízos ambientais incalculáveis, além de danos materiais em decorrência do altíssimo custo do combate. Conforme Darlan Alcântara de Pádua, também foi registrado prejuízo científico devido à perda de equipamentos de pesquisa e, consequentemente, de dados coletados por cientistas. Vários animais já foram encontrados mortos.

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