O ?I Seminário Municipal de Avaliação do Processo de Inclusão Escolar de Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla na Educação Básica? será realizado no Unifor-MG, no dia 27 de abril, a partir das 19h. A atividade tem como principal objetivo avaliar o processo de inclusão da pessoa com deficiência intelectual e múltipla na educação básica de Formiga.
A ação é voltada para professores, especialistas da educação, familiares de alunos com deficiência intelectual e múltipla, que estão inseridos na educação comum, e representantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Formiga (Apae).
O evento será dividido em dois módulos: no primeiro, serão apresentados dados do censo escolar referente às matrículas na rede comum de ensino de alunos com deficiência. Haverá a apresentação e discussão do processo de inclusão escolar no município. No segundo módulo, será realizado um seminário e se formará uma mesa redonda para discutir temas tratados no primeiro encontro.
O seminário, de iniciativa da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), terá a organização das atividades desenvolvidas pelos coordenadores e professores Leonardo Nogueira Coelho (educação física-licenciatura), Maria Francisca de Souza Lopes (pedagogia) e pela equipe de trabalho da Apae de Formiga.
Para participar do evento, não é preciso fazer inscrição e não será cobrada qualquer taxa.
Educação para todos
A Constituição Brasileira determina a obrigatoriedade da educação básica para todos, o que tem sido um desafio para as pessoas com deficiência intelectual e múltipla, bem como para outras deficiências, em graus de complexidade diferente.
Porém, os envolvidos diretos na questão costumam apontar, sistematicamente, que não percebem evolução acadêmica das pessoas com deficiência intelectual que fazem parte do sistema público de ensino, relatando que, às vezes, esses alunos são submetidos a situações vexatórias, as quais desestimulam sua vida escolar. Assim, não é raro que as famílias procurem as escolas especiais, pedindo para que os estudantes voltem, pois os mesmos não se sentem incluídos no sistema comum de ensino.
Os outros deficientes (físicos, auditivos e visuais) não passam por tais dificuldades, já que suas necessidades são mais concretas, exigindo mudanças como remoção de barreiras, comunicação adequada ou recursos didáticos capazes de suprir, com facilidade, as suas necessidades, facilitando seu rendimento escolar.
Dessa forma, a proposta de avaliação enfatizada pelo seminário justifica-se visando discutir e analisar, por meio da participação de professores, especialistas da educação, pessoas com deficiência e familiares que estejam envolvidos nessa experiência, os avanços e dificuldades encontradas no sistema comum de ensino, bem como discutir o papel das escolas especiais neste contexto.

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