O Brasil comemora em 7 de Setembro a sua independência política de Portugal. Saímos das amarras políticas e administrativas da coroa portuguesa para poder aspirar e ter plena liberdade e autonomia.
O futuro se mostrou cruel e o país se tornou dependente econômica e geopoliticamente da Inglaterra, depois do Estados Unidos, com nossos interesses sempre atrelados aos deles. Atualmente, somos submissos geopolítica, militar e economicamente aos Estados Unidos e a China.
Não obtivemos autonomia e o pior é existir brasileiros e políticos a aceitarem como normal essa condição e até procurarem argumentos para justificá-la.
Estamos em 2019 e deveríamos fazer planejamento para o Brasil deixar de ter posição secundária no mundo, pois o nosso papel é de líder no mundo, na América Latina, no agronegócio saudável, em florestas sustentáveis, em turismo, em tecnologia. Somente ao pensar e agir grande, poderemos chegar a ser reconhecidos como país autônomo.
Dessa maneira, não podemos vincular o nosso desenvolvimento aos interesses de outros países, pois se eles querem o melhor para si, nós também queremos o melhor para nós, com muitos objetivos comuns inconciliáveis. Soberania é um conceito amplo, mas o país tem de se dar o devido valor para ser também valorizado.
O atual governo, em um ato de desprendimento não razoável e sem exigir contrapartida, optou por alinhar nossa política externa à dos Estados Unidos, abrindo mão de outros alinhamentos, como com os países europeus na preservação da floresta amazônica ou o pacto de cooperação econômica com a União Europeia. O Brasil, para ser respeitado e independente, deve se alinhar com todos os países, sempre coerente com nossos interesses.
O Brasil é um grande ator no comércio internacional de produtos agropecuários e de minérios e tem a China como o nosso maior comprador. Em grande parte as exportações para a China são responsáveis por termos quitado a dívida com Fundo Monetário Internacional (FMI), e passado a ter posição credora no mercado internacional, com reservas cambiais de mais de 380 bilhões de dólares.
Os Estados Unidos é nosso concorrente direto no comércio de produtos agrícolas, principalmente soja, milho, algodão, etc, e, uma das exigências, na sua atual guerra comercial com a China, é os chineses aumentarem a compra de produtos agrícolas americanos. Caso os chineses acatem esse pedido, o Brasil terá prejuízo em suas exportações, pois os chineses comprarão produtos americanos e deixarão de comprar, na mesma quantidade, produtos brasileiros.
O Brasil deve ter uma posição internacional imparcial, não importando com a origem dos recursos e benesses para melhorar a qualidade de nossas vidas, e deve buscar a pluralidade de parceiros internacionais, por ser benéfica para os negócios, diminuir os riscos de uma brusca ruptura, garantir a perpetuidade de interesses em comum e multiplicar as oportunidades para o povo brasileiro.

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