O mercado de trabalho brasileiro apontou vigorosa recuperação em 2011, após o golpe acarretado pela crise internacional de 2009. Entretanto, nem a indústria nem a atividade agrícola acompanharam o movimento. Pelo contrário, ambas as atividades continuaram a registrar perdas expressivas no número de vagas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria perdeu 1,076 milhão de vagas em 2011, em relação a 2009. A queda no número de ocupados foi de 8%, de 13,513 milhões de funcionários para 12,437 milhões. A participação desses trabalhadores na população ocupada também foi reduzida de 14,8% em 2009 para 13,5%.
Já a redução no emprego na atividade agrícola foi de 7,3%, o equivalente a 1,105 milhão de vagas a menos. O contingente de trabalhadores passou de 15,229 milhões para 14,124 milhões entre as duas últimas divulgações da Pnad. A fatia dos empregados em atividades agrícolas no total do pessoal ocupado foi reduzida de 16,7% para 15,3.
Os demais setores apresentaram expansão no número de empregados. Os serviços geraram 2,06 milhões de vagas, um aumento de 5%, que ampliou a participação do grupamento de 43,1% para 44,9% no total de ocupados. O grupamento de comércio e reparação criou 302 mil vagas, um crescimento de 1,9%, que manteve sua participação estável, em 17,8%. A construção foi o grupamento que mais cresceu, 13,6% entre 2009 e 2011, mas a geração de vagas ficou em 932 mil postos de trabalho, aumentando sua participação na ocupação de 7,5% para 8,4.

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