A inflação do varejo sentida por famílias de baixa renda desacelerou de julho para agosto, informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) teve alta de 0,20% no mês passado, após avançar 0 24% em julho. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos (de R$ 460 a R$ 1.150).

O desempenho do IPC-C1 de agosto foi igual ao apurado pelo Índice de Preços ao Consumidor de Brasil (IPC-BR), que mensura o impacto da inflação entre famílias mais abastadas, com ganhos mensais entre 1 e 33 salários mínimos (de R$ 460 a R$ 15.180). O IPC-BR também subiu 0,20% no mesmo mês. Segundo a FGV, com o resultado de agosto o IPC-C1 acumula altas de 3,44% no ano. Nos 12 meses encerrados em agosto, a inflação é de 4,51%. Já o IPC-BR acumula altas de 3,22% no ano e de 4,73% em 12 meses.

Em agosto, a elevação menos intensa no IPC-C1 foi originada principalmente por desacelerações e quedas de preços em cinco das sete classes de despesas usadas para cálculo do índice. É o caso de Alimentação (de 0,02% para 0,01%), Vestuário (de 0,04% para -0,84%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,23% para -0,34%), Despesas Diversas (de 0,20% para -0,19%) e Transportes (de 0 02% para 0,01%). As duas classes restantes apresentaram aceleração ou fim de queda de preços. É o caso de Habitação (de 0,77% para 0,99%) e de Educação, Leitura e Recreação (de -0,09% para 0,03%

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