O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, acumula alta de 6,59% em 12 meses e de 1,94% de janeiro a março, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (10). O IPCA em 12 meses ficou acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A última vez em que o índice superou a meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.
O tomate, que vem sendo considerado o vilão da inflação, acumula alta de 122,13% em 12 meses.
No final de fevereiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação no Brasil estava sob controle e que deveria desacelerar este ano em relação ao ano passado. O ministro afirmou que a inflação deve encerrar 2013 em torno de 5,5%, citando projeções de mercado. A situação inflacionária está sob controle, disse Mantega, na ocasião.
Em março, o IPCA apresentou variação de 0,47% – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%. De acordo com o IBGE, a taxa de março é a menor verificada desde agosto de 2012 , quando ficou em 0,41%.
Entre os grupos de despesas analisados pelo IBGE, o de alimentos, apesar de ter mostrado desaceleração da alta – de 1,45% para 1,14% -, registrou o maior resultado entre todos os grupos, responsável por 60% do índice do mês. As maiores variações partiram de cebola (de 11,64% para 21,43%), açaí (de 16,77% para 18,31%), cenoura (de 21,41% para 14,96%) e tomate (de 20,17% para 6,14%).
Também apresentou desaceleração a variação dos preços das despesas pessoais, que foi de de 0,57% em fevereiro para 0,54% em março. Os destaques partiram de gastos com empregado doméstico, cabeleireiro, cigarro e excursões.
No grupo de saúde e cuidados pessoais, cuja variação passou de 0,65% em fevereiro para 0,32% em março, a maioria dos itens pesquisados subiu menos do que no mês anterior, com destaque para artigos de higiene pessoal (de 1,18% para 0,33%).
Perderam força as altas dos grupos vestuário (de 0,55% para 0,15%) e artigos de residência (de 0,53% para 0,11%), com a maior influência vindo dos preços de eletrodomésticos (de 0,73% para -0,60%).
Nesta apuração, segundo o IBGE, a maior variação de preços partiu do grupo educação. De 5,40% em fevereiro, a variação passou para 0,56%, em março.

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