O Coletivo Irmandade das Flores, preocupado com a violência doméstica que tem aumentado durante o isolamento social, criou, em parceria com o psicólogo Bruno Alvarenga, uma ação para auxiliar vítimas.

Esta ação visa criar um grupo terapêutico via whatsapp, iniciando com 10 mulheres, podendo ser criados outros grupos.

O grupo será formado pelo psicólogo e as mulheres selecionadas. O atendimento acontecerá por vídeoconferência em formato de grupoterapia, onde as participantes estarão simultaneamente em atendimento. A irmandade das flores apenas fará a seleção dessas mulheres.

Todo o tratamento é gratuito. Para participar, a mulher deve ser maior de 18 anos, estar vivendo uma situação de violência doméstica, possuir sintomas de depressão, ansiedade ou pânico, e não possuir condições financeiras para fazer tratamento psicológico.

 O contato com o Coletivo deve ser feito via direct  (bate papo) do aplicativo instagram @irmandadedasflores enviando nome, telefone e um breve histórico. As identidades serão preservadas e nenhuma informação a respeito dos casos será divulgada. Os atendimentos serão entre psicólogo e paciente, sem qualquer intervenção do Coletivo, que atuará somente na triagem.

Para as psicólogas do Coletivo Mônica Borges e Bruna Castro, a ação é de suma importância devido o momento em que estamos vivendo.

“Em momentos difíceis como o que estamos vivendo agora, que nos impõem desafios para além dos cotidianos, é imprescindível contarmos com o apoio de alguém e a ter segurança de sermos amparados. Nos casos de violência à mulher, que durante o isolamento pode ser intensificada, faz-se necessário a atuação de diversos dispositivos de amparo, como o grupo terapêutico. No grupo há possibilidade de compartilhar experiências e sentimentos, e ao mesmo tempo ressignificá-los. É uma saída interessante, não só para momentos de crise, mas de forma geral.”, comentou Mônica.

Para Bruna, “o grupo terapêutico foi uma grata parceria do psicólogo Bruno Alvarenga, idealizador do mesmo, no sentido de auxiliar as mulheres vítimas de Violência Doméstica. Bruno sempre se mostrou solidário e aberto às causas feministas e sociais de um modo geral. Essa iniciativa vem totalmente de encontro ao propósito da Irmandade, que é amparar e dar suporte às mulheres. É um momento de grande fragilidade e toda ajuda nesse sentido é muito bem-vinda. ”

Bruno Alvarenga é psicólogo (CRP 04.19227), mestre em Saúde e Educação com Ênfase no Ensino de Ciências da Saúde e professor universitário do Unifor MG. (Foto: Divulgação: Unifor-MG)

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