A Justiça mineira rejeitou mais um pedido do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) contra a Secretaria de Estado de Educação (SEE). Dessa vez, o sindicato solicitou a revisão do indeferimento da liminar pelo desembargador Judimar Biber, no último dia 16 de agosto, quando o Sind-UTE entrou com um mandado de segurança para impedir a contratação de professores substitutos.
Porém, o sindicato aguarda o julgamento de mais um recurso em relação à mesma liminar, que também tramita no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na avaliação da coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, os professores que estão sendo contratados pelo Estado não estão qualificados para a função. A SEE alega que, apesar de não terem licenciatura, são habilitados na área de ensino, a exemplo, um engenheiro que vai dar aulas de matemática.
Das 2.502 vagas anunciadas pelo Estado para substituição dos professores em greve, 1.883 já foram designadas. A secretaria diz que a paralisação caracterizou dano irreparável para os alunos do 3º ano do ensino médio, que podiam ser prejudicados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e a contratação de substitutos foi medida emergencial.
O Sindicato não aceitou a última proposta do governo, de pagar o piso nacional proporcional de R$ 712,20, porque não foi considerado o plano de carreira dos professores. A categoria realiza assembleia nesta quinta-feira. No feriado do dia 7 de setembro faz manifestação no centro da capital. A greve chega hoje ao 92º dia. Segundo o balanço divulgado ontem pela SEE, 51 escolas estão totalmente paralisadas e 805 parcialmente afetadas pela greve.
Reunião
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) solicitou audiência para tratar sobre a paralisação dos professores, mas, segundo o governo, a reunião ainda não foi agendada. Em nota, o Estado informou que as negociações com o Sind-UTE estão sendo conduzidas pelo Ministério Público Estadual (MPE).

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