Laudos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) divulgados pela Polícia Federal (PF) atestam a adição de água, açúcar, sal, citrato, soro e outros produtos estranhos em 12 das 13 amostras de leite coletadas em duas cooperativas do triângulo mineiro, acusadas de fraudes na produção, mas em nenhum momento afirmam categoricamente que encontraram vestígios de soda cáustica nas amostras, como vinha afirmando a PF desde a Operação Ouro Branco, desencadeada em outubro.
Em 10 delas, foi encontrado elevado teor de alcalinidade, indicando a presença de elementos químicos para mascarar a adição de água e a deterioração do produto pela ação de bactérias. Os laudos dizem que um dos causadores de alcalinidade pode ser a soda cáustica, usada para aumentar o volume, ou o citrato de sódio e outros sais, como o carbonato e o bicarbonato, além de fosfatos e cloreto de sódio.
Também não comprovam o uso de água oxigenada, igualmente diagnosticado pela PF com base em análises preliminares. Os laudos foram produzidos em amostras recolhidas durante a operação nas cooperativas Copervale e Casmil, nas cidades de Uberaba e Passos, do Triângulo Mineiro, acusadas de crimes contra a saúde pública.

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