A pedido do vereador e presidente da Comissão Especial de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Formiga, Sidney Ferreira/PDT, o Portal Últimas Notícias esteve em visita ao Aterro Sanitário na manhã deste sábado (13), acompanhando a averiguação de denúncia por ele recebida.

In loco, a reportagem constatou que cerca de 400 toneladas de lixo estão acumuladas, esperando para serem espalhadas, compactadas e cobertas no aterro.

As três máquinas necessárias para que a operação do aterro transcorra dentro da normalidade, estão avariadas há cerca de 10 dias.

– Fotos: Paulo Coelho

Na tentativa de minorar o problema, a administração tentou se valer dos serviços de uma carregadeira articulada – veículo com rodado de pneus, totalmente inapropriado para a execução daqueles serviços e fora das condições mínimas necessárias para que o material a ser coberto pudesse ter uma compactação que estivesse de acordo com o previsto no projeto e exigido pelas normas ambientais.

A quebra de três máquinas, o que certamente não ocorreu ao mesmo tempo, indica que há algo de errado no cuidado com a manutenção dos equipamentos ali disponibilizados e na tomada de decisões para que os consertos necessários ocorram a tempo de se evitar o grave problema.

Devido à grande quantidade de lixo não disposto corretamente e por lá acumulada a céu aberto, sem cobertura alguma, centenas de urubus “fazem a festa” e indicam o que ali ocorre, há dias: crime ambiental que pode ser constatado até mesmo por quem circula pela BR 354 e com olhar mais aguçado, mira a região onde se localiza o aterro.

A grande pergunta é: numa situação dessas, emergencial, por que não se tomou a providência óbvia de se contratar os serviços de, pelo menos uma máquina de esteira, ainda que provisoriamente, para atender a esta demanda que, certamente, se enquadraria como urgente e necessária, mais que legítima na defesa do interesse público e na salvaguarda do meio ambiente?

– Fotos: Paulo Coelho

Relembrando

Por fato idêntico, a gestão do ex-prefeito Moacir Ribeiro responde a processo judicial, após inquérito aberto a pedido do Ministério Público.

No aterro, durante a visita, não foi encontrado nenhum responsável que pudesse fornecer detalhes e, por telefone, também não foi possível melhor esclarecer as razões que levaram ao problema, isto junto ao atual secretário da pasta, Leyser Rodrigues.

Gestão Ambiental

Neste domingo (14), o secretário da pasta enviou a seguinte resposta sobre o problema: “O município de Formiga, a exemplo de centenas de outros, sofre com a falta dos repasses do Estado de Minas Gerais. A dívida já beira os 25 milhões de reais e, inevitavelmente, há o comprometimento do cronograma de manutenção de algumas de suas máquinas. Nesse contexto, a Prefeitura Municipal de Formiga reconhece que, de fato, as máquinas do Aterro Sanitário Marcelo Reis, destinadas à compactação e soterramento do lixo, encontram-se em processo de manutenção desde a última quarta-feira, dia 10 de abril. Anteriormente, foram feitas coletas de preços, constatando-se inconsistências nas relações enviadas pelos fornecedores, motivo pelo qual não houve a contratação. Na tratativa de solução, dois funcionários da Secretaria Municipal de Gestão Ambiental foram a Belo Horizonte e fizeram uma nova tomada de preço, peça-a-peça e, assim, houve, na sexta-feira, aprovação do orçamento e efetivação do pedido de compra. Ainda no início da próxima semana, uma máquina será contratada e retomará o serviço de compactação. Técnicos estão monitorando, constantemente, o Aterro Sanitário, e a coleta de lixo no município seguirá normalmente, sem prejuízo à população, nem risco ao meio-ambiente”.

Matéria atualizada às 11h30 de domingo (14).

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