É incrível, mas para alguns o município tem mesmo sido mais que pai, ou melhor, a conhecida ?viúva?, ao que parece, é mesmo uma ?mãezona?.
Que o digam alguns privilegiados que exploram comercialmente o espaço público (alguns há mais de década) e de lambuja ainda recebem dos cofres públicos, ?de grátis?, ao menos até que nos provem em contrário, bens e serviços que para o restante da população (pobre, rica ou carente), custa no mínimo alguns caraminguás todo mês. Ou será que a Cemig não cobra do resto da população, pelo fornecimento ininterrupto de energia ou o Saae dispensa alguém de pagar pela água que consome?
Não é gozação, não! É simples constatação. Quem quiser conferir que verifique se os padrões de energia fornecida a alguns quiosques, carrinhos de lanche e agora, pasmem, mas até mesmo geladeiras de sorvete ficam ligadas diuturnamente, ali, bem a vista de todos, na praça do Terminal Rodoviário.
Segundo informou Maria Vitória Ramos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico em exercício, o proprietário do tal quiosque destinado à venda de sorvetes foi notificado em 17 de fevereiro deste ano (confira o documento abaixo), em correspondência em que foi informado que seu estabelecimento está completamente irregular, e que o mesmo deve imediatamente ser retirado de tal local.
Como até terça-feira (28), o mesmo ainda não havia atendido à ordem municipal, mais uma vez, o proprietário do estabelecimento foi notificado, desta feita, com prazo de 48 horas para cumprir o determinado.
É óbvio que a exploração de certos comércios (aluguel de brinquedos, venda de sorvetes, de sanduíches, bebidas, pipocas, doces, balas, etc), são bem vindos em locais destinados ao lazer dos formiguenses mas, o mínimo que se deve exigir, é que a praça, que por definição do velho humorista, já falecido, Manoel de Nóbrega, é do povo, seja melhor gerida, por quem de direito. Sé é do povo, e assim deve mesmo ser, isto não quer dizer que o próprio povo, além de ceder o melhor do espaço público existente nesta muito menos que o erário, também público e suprido por nossos impostos e taxas, se veja obrigado a pagar para eles (comerciantes que como é óbvio e legítimo, visam lucro) as contas relativas ao fornecimento de luz, água, limpeza pública, etc.
A história da não ligação dos tais padrões, que por sinal foram bancados pelo poder público, e que até hoje não estão cumprindo seu papel (medir consumo), já que não estão conectados com a rede de energia regular da Cemig, precisa ser melhor explicada por quem de direito.
Na prática, o que se vê e as fotos atestam, é que gambiarras espalhadas pelo ar ou pelo chão, colocam em risco a vida daqueles que inadvertidamente perambulam pela praça, inclusive crianças que diariamente fazem daquele local o ponto de encontro e de lazer, de jovens e adultos que somados, se transformam em consumidores e promovem a alegria dos comerciantes ali instalados. Estes, ao que se sabe, mesmo desfrutando dos privilégios já descritos, ainda assim, cobram e bem, por serviços prestados ou pela entrega das mercadorias postas à venda para o cativo e numeroso público.
O verão está aí. Forte e com muito calor. Quanto é que você leitor, acha que pagará para que as bebidas, sorvetes e outras guloseimas ali comercializadas, estejam geladas, congeladas ou requentadas nos potentes fornos de microondas por lá espalhados?
Luz para todos? Não, só para alguns!
Quem quiser conferir que verifique se os padrões de energia fornecida a alguns quiosques, carrinhos de lanche e agora, geladeiras de sorvete ficam ligadas diuturnamente, ali, bem a vista de todos, na praça do Terminal Rodoviário.