Mais de 40 milhões de brasileiros tinham, em 2014, interesse em fazer cursos de qualificação profissional, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

No entanto, apenas 3,4 milhões de pessoas estavam frequentando esse tipo de curso naquele período. Outras 24,7 milhões de pessoas haviam frequentado anteriormente.

 

A qualificação profissional é a modalidade mais acessível à população uma vez que muitos desses cursos independem de uma escolaridade prévia para sua realização. Além dos cursos de qualificação profissional, integram a educação profissional, o curso superior de tecnologia e o técnico de nível médio.

 

A demanda por cursos de qualificação profissional concentrava-se em um perfil jovem (45,4% das pessoas tinham entre 15 e 29 anos) e de alta escolaridade (48,1% tinham 11 anos ou mais de estudo), sendo 54,7% de mulheres, 59,6% pretas ou pardas e 68,7% de pessoas ocupadas.
Em 2014, apenas 6,6% dos estudantes universitários cursavam graduação tecnológica (cursos de curta duração), o que representava em números absolutos cerca de 477 mil pessoas. Esse percentual foi maior entre os homens (8,6%) do que entre as mulheres (5,0%), assim como entre os ocupados (7,6%) do que entre os não ocupados (4,6%). Destaca-se que 75,9% dos estudantes de graduação tecnológica conciliavam trabalho com estudo, 78,0% frequentavam cursos na rede privada de ensino e 77,0% assistiam as aulas no turno noturno.
A pesquisa mostra que 1,2 milhão de pessoas frequentaram anteriormente a 2014 a graduação tecnológica, o que corresponde a 5,8% do total de pessoas que já haviam frequentado o ensino superior. A rede privada foi responsável por 81,1% dos cursos frequentados e a conclusão do curso foi alcançada por 85,0% das pessoas que frequentaram essa modalidade. Dentre os que não concluíram, 31,9% apontaram como causa a dificuldade financeira e, 25,7%, a dificuldade no cumprimento do horário do curso. Entre as pessoas que concluíram cursos de graduação tecnológica, 68,8% trabalhavam ou haviam trabalhado na área de formação. Já entre aqueles que nunca trabalharam, 33,3% alegaram que havia falta de vagas na área.
No ensino médio, o percentual de estudantes frequentando curso técnico chegou a 9,0% (812 mil alunos), em 2014, com prevalência da rede pública (55,1%) e da dedicação ao estudo (71,4% não estavam ocupados). Os estudantes de nível técnico no Brasil tinham rendimento domiciliar per capita mais alto (R$ 822) do que o dos estudantes de ensino médio de cursos não técnicos (R$ 763). Entre as pessoas que anteriormente frequentaram o ensino médio, 9,3 milhões haviam cursado a modalidade técnica (12,3%), 93,1% concluíram esse curso e 40,3% nunca trabalharam na área de formação do curso concluído.
Essas e outras informações que integram o suplemento PNAD 2014 de Educação e Qualificação Profissional, realizado em convênio com o Ministério da Educação e com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, estão disponíveis aqui.

 

Fonte: IBGE||

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