É claro que nosso município recebeu de bom grado os muitos veículos que neste ano aqui aportaram ou foram adquiridos através de recursos oriundos de verbas parlamentares dos ilustres deputados, “amigos da casa”.

A título de ajudas carimbadas com as logomarcas dos governos federal ou estadual, viaturas policiais, ambulâncias, vans, ônibus escolares e outros veículos de pequeno ou médio porte assim como máquinas e equipamentos, passaram a figurar dentre os bens que compõem o patrimônio municipal, repetimos, todos muito bem vindos.

Ocorre que, municípios como o nosso carecem, em especial quando se trata da área da Saúde, além de medicamentos e de diversos insumos, de muitos outros equipamentos que mesmo sendo de custo pouco expressivo, seriam, se disponibilizados, de grande valia e talvez tivessem maior serventia (utilidade) para a população, em especial a de menor poder aquisitivo, cativa dos serviços SUS.

Podeaté mesmo parecer paradoxal a tese aqui levantada, mas, percebam, senhores leitores etambém eleitores, alvo final das tais benesses, que nós realmente acabamos por precisar de um grande número de veículos para transportar nossa clientela a outras cidades, exatamente pela falta dos tais investimentos, antes mencionados, especialmente, os que se enquadram na categoria de equipamentos como:mamógrafos, tomógrafos, raios X, ressonâncias, etc.

Pela falta de, por exemplo, um simples mamógrafo, quantas senhoras ou senhoritas, precisarão ser transportadas diariamente para outras cidades a fim de realizarem o tal exame, por sinal imprescindível?

Tomando por base apenas este exemplo, numa conta rápida perceberemos que, segundo nos informou alguém que é do ramo, no mínimo 40 pacientes seriam atendidas por dia se disponibilizássemoso aparelho, que por sinal é produzido aqui mesmo neste estado pela VMI.  Ora, portanto, pelo menos dez veículos de pequeno porte seriam necessários para encaminhá-las a outros centros de atendimento. Some-se a isto, motoristas, diárias, combustível, desgaste de veículo, risco no trajeto de ida e volta e tempo perdidoque deveriam ser computados. Acreditamos que tais dadosjustificam o título deste editorial que procura, simplesmente, lembrar aos nossos ilustres benemerentes que, talvez, com este tipo de recurso aplicado em um só município, pudessem eles ajudar na solução de um grave problema que todos sabemos,  é recorrente em grande parte deste estado.

Falamos aquido mamógrafo que nesta cidade, há anos deixa nossa população feminina a mercê da boa vontade do governo estadual que de tempos em tempos, nos disponibiliza tal serviço por meio do caminhão equipado para a realização das mamografias.

Acontece que, segundo os próprios médicos afirmam, um dia ou mais que se antecipe o exame para diagnosticar ou não a tal doença, pode muitas vezes evitar a perda precoce de uma vida e/ou, livrar o Estado dos altos custos que o tratamento da doença exige.

Neste mês de Outubro Rosa, julgamos ser pertinente esta sugestão e repetimos que somos muito gratos por tudo aquilo que nos é encaminhado através da aplicação de verbas parlamentarespois,também fazemos coro juntamente com àqueles que concordam com a velha máxima que diz: “A cavalo dado não se olha os dentes”.

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