A Marcha da Família Cristã pela Liberdade reuniu apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em carreata, no domingo (11), a partir da Praça do Papa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

O evento faz alusão à Marcha da Família com Deus pela Liberdade, uma série de manifestações ocorridas entre 19 de março e 08 de junho de 1964. Em comum, tanto o movimento da década de 1960 quanto o atual se posicionam contra o Comunismo. 

“Porém, nos dias atuais, o Comunismo se manifesta nos desmandos dos ministros do STF, que estão mandando mais que o presidente”, diferencia o administrador José Antônio do Nascimento, um dos organizadores do movimento.

Segundo ele, eram aguardados cerca de 500 veículos na manifestação e a expectativa era de que o movimento durasse até o início da tarde. 

Nascimento não classifica os apoiadores da marcha como negacionista da Covid-19. “Concordamos com as medidas do presidente, porque muita coisa está sendo colocada na conta da pandemia de forma incorreta. Os boletins oficiais da doença informam que só 105 pessoas saudáveis, ou seja, sem comorbidades preexistentes morreram por causa do coronavírus na capital, no último ano. Então, por que fechar a cidade como estamos vendo e impedir as pessoas de trabalhar”, questiona.

A pedagoga aposentada Bernadete Ferreira, 73, foi às ruas levar seu apoio ao governo federal. Ela considera adequada a campanha de imunização brasileira contra a Covid-19. “Tudo foi feito no tempo certo, com respeito às normas científicas e sem colocar em risco à população. Muito diferente de quem quis transformar a vacinação em corrida política”, comentou, ao citar o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB).

O engenheiro civil André Wolff, 53, juntou-se ao movimento para protestar contra as medidas de restrição à abertura do comércio e de circulação da população, bem como de isolamento social. “Já está comprovado que esse lockdown não funciona para conter o vírus. O STF dá poder aos governadores, eles recebem verba da União e, em vez de abrir leitos, desviam o dinheiro e fecham a cidade, porque é mais fácil. Estão quebrando a economia”, afirma.

Com a imagem do Beato Padre Francisco de Paula Víctor nas mãos, o estudante Vinícius Oliveira Couto, 27, participou de toda a carreata do alto do carro de som do evento para manifestar contra a proibição das missas. “Sou presidente do apostolado do Beato Padre Víctor e o trouxe para nos abençoar. Não é aceitável as igrejas adotarem o agendamento, máscara, álcool, tapete sanitizante, distanciamento, enfim; todas as medidas e o prefeito proibir os cultos e permitir os ônibus circularem lotados como ocorre todos os dias”, compara.

Fonte: O Tempo

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