Circula na internet, desde o mês passado, uma música carnavalesca de autoria até então desconhecida, dando conta aos cidadãos, por meio de uma crítica muito bem humorada, da insatisfação com a atual administração.
O viral, hospedado numa plataforma de áudio on-line de um conhecido radialista local, já recebeu centenas de compartilhamentos nas redes sociais e foi executado até às 18h da terça-feira (25), 4189 vezes. O áudio também já foi espalhado para milhares de telefones celulares por meio do aplicativo Whats App.
E não era para menos, pois ao abordar melindroso tema que analisa algumas ações (ou a falta delas) do atual governo, o refrão da marchinha, com muito humor, lembra ao personagem principal que, em face de todo o ocorrido (cantada em prosa e verso no corpo da música), o melhor é que ele peça para sair, conselho este em tom afiado, mas prudente, segundo os críticos.
Em Belo Horizonte, cerca de 30 blocos de Carnaval também reproduzem, em suas marchinhas, marcas de um humor afiado, participativo e questionador. O movimento é recente. Há menos de sete anos, o número de blocos carnavalescos e foliões em Belo Horizonte era tão pequeno que podia ser contado nos dedos. Hoje, a irreverência está presente nas letras onde abunda a sátira para se discutir e protestar contra questões ligadas à política.
Noticia inoficiosa dá conta de que em Furnas, um bloco bem estruturado e composto por centenas de cidadãos, todos insatisfeitos com a atual gestão, promete alegrar com muito humor, aos milhares de turistas que normalmente para aqui ocorrem durante o festejo do carnaval. Assim, democraticamente chamarão a atenção de todos (inclusive dos governantes) para tudo aquilo que, de certa forma, tem incomodado o nosso povo. Todavia, não nos foi possível identificar se a marchinha foi adotada pelo bloco do JHosa Bigodim ou pelo da Propina, este prematuramente apelidado do bloco do Quinzin (15).

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