A Marinha do Brasil e a Prefeitura de Capitólio estão intensificando ações para conter aglomerações em imóveis, barcos e lanchas no Lago de Furnas, para assim conter o avanço da Covid-19 na região. Além disso, um projeto de lei do Executivo enviado à Câmara pretende aumentar de R$ 10 mil para R$ 50 mil, a multa aos responsáveis por descumprirem as normas do decreto em vigência.

Em Capitólio, o turismo é uma das principais fontes de renda do Executivo e é um dos portais de entrada para os visitantes no Balneário de Furnas. Diante disso, uma das atividades indispensáveis para economia da cidade é o aluguel de casas para temporada.

Desde o início da pandemia, as festas e aglomerações que ocorrem nestes imóveis, nos fins de semana, são alvo da fiscalização da Vigilância Sanitária.

Projeto de lei

 Para fechar ainda mais o cerco, um projeto do Executivo enviado à Câmara de Vereadores prevê o aumento de R$ 10 mil para R$ 50 mil o valor das multas aplicadas aos responsáveis pelo descumprimento das normas do decreto em vigência. O projeto ainda será votado pelos parlamentares.

“O projeto inclui como responsável o proprietário da casa porque, atualmente, o proprietário da casa não responde como responsável, apenas a pessoa que se identifica como responsável pelo evento”, esclareceu o prefeito do município, Cristiano Silva (PP).

De acordo com o prefeito, um dos focos da fiscalização é a quantidade de pessoas que entra nos bares flutuantes do lago. “O não cumprimento dessas exigências do decreto vai acarretar em multa e um possível fechamento desses locais”, pontuou o prefeito.

Outro desafio para as autoridades sanitárias é evitar as aglomerações que ocorrem em barcos e lanchas.

“Fizemos um trabalho junto aos complexos que fazem os passeios particulares, conversamos com os empresários, marinheiros e eles estão muito conscientes. A gente faz um trabalho de fiscalização forte na água, onde a gente não permite que as lanchas entrem nos cânions sem máscaras. As pessoas têm que estar de máscaras”, enfatizou o prefeito.

Ações da Marinha

 O Lago de Furnas é conhecido como Mar de Minas por causa extensão. É um dos maiores lagos artificiais do mundo, que tem cerca de 1.440 km quadrados e banha 34 municípios.

A dificuldade enfrentada em Capitólio é a mesma das outras cidades que, como as aglomerações muitas vezes acontecem em embarcações que estão na água, a fiscalização das prefeituras é feita em parceria com a Marinha.

“A Marinha do Brasil tem como uma de suas atribuições a segurança da navegação aquaviária. Mesmo antes da pandemia, a Marinha já efetuava diariamente essas fiscalizações. O que é verificado? Se as embarcações são registradas junto à autoridade marítima que é a Marinha, se a embarcação tem material de salvatagem que são os coletes salva vidas, boias, extintores, se o condutor é habilitado, se não te sinais de embriaguez, se está sendo respeitada a lotação máxima da embarcação”, disse o delegado fluvial de furnas, Fábio Luiz Moreira Jacobucci Bambace.

O comandante da delegacia fluvial de Furnas ressalta que a maior parte das embarcações respeita as exigências da Marinha. Mesmo assim, esse ano já foram aplicadas 200 autuações em Furnas.

“Cerca de 90% dos navegantes cumprem as orientações, mas 10% não está cumprindo, então é um índice significativo e a gente trabalha para reduzir esse índice ao máximo”, finalizou o delegado.

Fonte: Tapiraí tv

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