Celulares, smartphones, tablets e notebooks fazem parte do nosso dia-a-dia e o uso constante, e muitas vezes descuidado, pode acabar  sendo perigoso.  Depois de um acidente doméstico que chamou a atenção, há alguns dias, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) dá orientações para evitar contratempos.

Uma explosão ocorrida numa residência do bairro São Gabriel, em Belo Horizonte, serve de alerta. “Eu estava carregando o tablet no banheiro e, de repente, uma explosão iniciou o incêndio”, conta o morador Lucas Chaves,  que teve parte da casa, roupas, móveis e todas as fraldas do filho, que vai nascer, consumidos pelo fogo.

Segundo Chaves, o carregador que estava sendo utilizado no momento da explosão era original e havia sido comprado uma semana antes. “Estávamos todos na sala. Fui verificar a explosão e o tablet estava em chamas. Joguei água para tentar apagar e o fogo alastrou mais. A casa ficou toda enfumaçada, mas ninguém se feriu”, lembra.

Os bombeiros alertam que mesmo carregadores em bom estado de conservação aparente podem estar com problemas. Não é recomendado que os aparelhos fiquem recarregando no banheiro da casa. A umidade pode interferir, causando choques e curtos-circuitos.

O uso excessivo de benjamins nas tomadas, por exemplo, também pode gerar uma sobrecarga de energia e afetar toda a rede elétrica local. A manutenção periódica na rede elétrica da residência é uma boa pedida.

Um outro descuido comum é usar o equipamento durante a recarga, o que pode provocar choques, principalmente se a pessoa estiver descalça em piso molhado ou com o corpo úmido após o banho.

Também é recomendável reduzir o uso contínuo e prolongado dos aparelhos, como em casos de campeonatos de jogos online com o aparelho conectado à tomada. Do contrário, pode ocorrer superaquecimento e possível descarga elétrica.

Além disso, não se deve deixar o aparelho recarregando em cima da cama ou próximo a produtos, equipamentos e objetos inflamáveis.

Primeiros socorros

De acordo com o sargento e especialista em atendimento pré-hospitalar – APH, do CBMMG, Benedito Eduardo, as consequências de se usar aparelhos conectados à tomada variam e podem ser graves. Além de queimaduras, a vítima pode ter parada cardiorrespiratória, ficar inconsciente e precisar de atendimento médico.

Em casos de descarga elétrica com vítima inconsciente, deve-se desligar a energia do local. Se  não for possível, afastar a vítima, usando, por exemplo, um  cabo de vassoura com cuidado e ficar atento aos sinais vitais.

Se a vítima estiver inconsciente e sem respiração, observe
os movimentos do tórax. Se  o socorrista estiver sozinho chame imediatamente o socorro pelo telefone 193 e  logo em seguida, sem perder tempo,  inicie as massagens cardíacas.

Se houver a presença de mais pessoas, enquanto um faz as massagens, a outra liga para o 193. “É importante que estes procedimentos sejam feitos logo após o ocorrido, enquanto a viatura se desloca. Outra opção é realizar a massagem cardíaca com o ciclo de 30 massagens por  duas respirações boca-a-boca”, destaca o sargento.

De acordo com informações do  CBMMG, o número de incêndios em moradias foi menor em 2016 do que no ano anterior, no período de janeiro a outubro. Em 2015, foram registrados 2.096 casos, frente a 1.714 ocorrências registradas no mesmo período deste ano. A queda foi de 18,2% nos registros residenciais e em quartos de hotéis.

 

Outras medidas podem ser tomadas para a prevenção de acidentes elétricos em casa ou no trabalho. Confira:

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