Instituições de educação superior com nota inferior a 3 no Índice Geral de Curso (IGC) não poderão construir novos campi, abrir cursos, nem aumentar o número de vagas de ingresso, anunciou o Ministério da Educação (MEC) na semana passada. Além disso, os cursos já autorizados poderão sofrer redução no número de vagas ou até mesmo ter os processos seletivos suspensos, após a visita de especialistas às universidades.
Os índices de todas as universidades, centros universitários e faculdades do país, referentes a 2008, foram divulgados dia 31 de agosto. O IGC é um indicador de qualidade que leva em conta uma média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. O resultado final é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5)
?Até a criação de um novo modelo de regulação da educação superior, o Ministério da Educação não tinha como impedir o crescimento de instituições de má qualidade?, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
O IGC 2008 revela os indicadores de qualidade de duas mil instituições. Boa parte delas ? 884 ? obteve nota 3, numa escala de 1 a 5. Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias.
Nove instituições de ensino superior tiveram IGC inferiores a 3 nas aferições de 2007 e 2008. As instituições com notas abaixo de 3 têm prazo para recorrer desse resultado. Mantida a nota baixa, a instituição deve resolver os problemas indicados, mediante termo de saneamento firmado com a Secretaria de Educação Superior (Sesu). Se não cumprir as medidas de saneamento, a instituição pode, nos casos mais graves, ser descredenciada

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