Com as férias em curso, os médicos do Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, alertam que muitos acidentes domésticos com crianças, como quedas, queimaduras e ingestão de líquidos nocivos, podem ser evitados, com cuidados simples e, principalmente, com vigilância redobrada.
Em 2008, o Hospital João XXIII registrou 145 mil atendimentos, dos mais diversos motivos. Destes, 22.454 foram de crianças de 0 a 12 anos. Os atendimentos aos pacientes mirins mais frequentes são quedas (9.187), corpo estranho (2.854), intoxicações acidentais (928), queimaduras (563), entre outros.
As quedas variam. Podem ser da própria altura, mais conhecidos como ?tombos?, de árvore, de bicicleta, de cama ou sofá, laje, de patins e skates. ?Este tipo de acidente é mais difícil de ser prevenido, porque segurar criança não é fácil. A única forma é estar sempre por perto deles?, lembra Otaviano Freitas, coordenador da Emergência do João XXIII.
O médico acrescenta que as queimaduras, também comuns na infância, geralmente geram casos mais graves, com complicações sérias no quadro clínico. ?Os acidentes com queimaduras são mais fáceis de evitar, como afastá-los da cozinha, manter álcool, fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças.?
Também é expressivo o número de quedas de lajes. Segundo o diretor do hospital, Antônio Carlos de Barros Martins, uma das explicações é que as férias escolares são, tradicionalmente, uma temporada para soltar papagaios (ou pipas).
Em julho do ano passado, foram registrados 82 casos de quedas de laje, dos 936 atendidos em todo o ano. Em maio, um mês escolar, o número foi de 57 casos, compara.
Os médicos alertam ainda que, crianças não podem ficar sozinhas nem em ambientes que não ofereçam segurança para suas brincadeiras. ?Brincar deve ser uma experiência saudável?, completa Antônio Carlos Martins.

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