Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, demonstram que para o tratamento da tosse noturna causada por infecções de vias aéreas superiores (IVAS) uma dose de mel tem efeito superior a antitussígeno vendido em farmácias.
As infecções de vias aéreas superiores habitualmente se apresentam com aumento da secreção nasal, tosse, congestão e dor de garganta que algumas vezes é acompanhada de febre. Nesses quadros, a tosse é um sintoma muito comum e leva um número enorme de pessoas ao médico. Especialmente por que costuma atrapalhar o sono do paciente e de sua família. As crianças desenvolvem infecções das vias aéreas superiores com freqüência e sofrem com a tosse, na maioria das vezes, seca (sem expectoração).
A sabedoria popular associa ao mel de abelhas propriedades curativas e efeito antitussígeno. Até mesmo a Organização Mundial da Saúde já registrou a indicação do mel como substância adoçante que ao ser administrada a pacientes com irritação da garganta e tosse pode ter efeito positivo.
A pesquisa foi realizada para se comparar o efeito do mel ao de um medicamento comum, vendido sem necessidade de prescrição, nos Estados Unidos e no Brasil, o dextrometorfano, presente em xaropes para tosse.
Foram mais de 130 crianças com idades entre 2 e 18 anos que foram diagnosticadas com IVAS em um período de sete meses em uma clínica do hospital universitário e convidadas a participarem do estudo. Os pais receberam uma seringa com um líquido que poderia ser mel ou então xarope com gosto de mel com o dextrometorfano para darem às crianças em caso de tosse.
Os pais deveriam avaliar e anotar o efeito da substância administrada sobre a tosse e com relação à qualidade do sono da criança. O tratamento poderia ser repetido até em duas noites seguidas.
O mel se mostrou mais eficiente do que o medicamento tanto para diminuir a tosse no primeiro e no segundo dia, bem como facilitando o sono das crianças doentes.
O mel traz em sua composição substâncias antioxidantes que provavelmente são responsáveis pelo efeito curativo que exerce sobre as feridas e a garganta, além disso, está comprovado que induz reações orgânicas de defesa do corpo humano.
Essa pesquisa que está publicada na edição de Dezembro da revista Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, mostra que podemos estudar de forma cientifica tratamentos que a sabedoria popular consagrou e resgatar opções mais naturais que irão se somar à medicina formal.

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