Muitas vezes vinculada ao frio, a meningite exige preocupação também durante os períodos de temperaturas mais altas. Com o início do verão, os casos da doença transmitida pelo vírus se tornam mais frequentes. Segundo especialistas, apesar de mais branda do que a meningite bacteriana, a viral também demanda diagnóstico médico e cuidados específicos.

Caracterizada pela inflamação das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal –, a meningite pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. No entanto, os sintomas comuns a todos os tipos da doença incluem febre, dor de cabeça, náuseas, rigidez da nuca e manchas vermelhas na pele.

“Em geral, as infecções virais evoluem de forma benigna e se curam sozinhas, com hidratação. Mas, diante desses sintomas, é fundamental a avaliação médica”, pontuou o médico e diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling. Segundo ele, em grupos como os de crianças e idosos, os sinais podem ser mais intensos.

Alerta

Causada em grande parte pelo enterovírus, a meningite viral é mais comum no verão porque a entrada desse parasita no organismo é, geralmente, por via gastrointestinal. A principal forma de transmissão é fecal-oral, por meio, por exemplo, de alimentos contaminados. “No calor, há maior incidência de infecções gastrointestinais de origem alimentar, pois os alimentos se deterioram mais rapidamente. A frequência de viagens também aumenta, e há possibilidade maior de contágio”, disse Starling.

No entanto, a doença é considerada endêmica do país e pode ser transmitida em outros períodos. Por isso, a meningite bacteriana, mais severa e transmitida principalmente durante o inverno por meio de vias respiratórias, também pode acontecer no verão.

MG tem queda no número de casos

O número de casos de meningite vem caindo em Minas Gerais nos últimos cinco anos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em 2015 foram 994 casos da doença. Neste ano, até o dia 16 de dezembro, foram 752. O número de óbitos também diminuiu, caindo de 150 para 113.

No entanto, especialistas alertam que, se não for diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, a meningite bacteriana pode matar em menos de 24 horas. “Se não tratar a tempo, a chance de óbito é alta”, afirmou o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano.

Além de medidas como lavar as mãos com água e sabão com frequência, a vacinação é a principal forma de prevenção da meningite. O Ministério da Saúde disponibiliza quatro vacinas contra a doença.

 

Fonte: O Tempo Online ||

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