A cadeia produtiva da floricultura no Brasil vem apresentando um crescimento contínuo de 15% ao ano, movimentando R$ 3,8 bilhões. Um dos principais fatores que impulsionam essa expansão é a forte demanda interna, que consome, em média, 98% da produção nacional. Aquecimento da economia, elevação do poder de compra e do nível de renda dos consumidores, crescimento das vendas nos supermercados e modernização da logística são destaques que também contribuem para o bom desempenho do setor.
Minas Gerais é considerado o segundo maior produtor de flores e plantas ornamentais do país, sendo superado hoje apenas pelo Estado de São Paulo. Segundo dados da Hórtica Consultoria e Treinamento, o volume de vendas em Minas no ano passado foi de R$ 495 milhões, 13% de participação no montante das vendas nacionais.
Por outro lado, o mercado externo está se retraindo e a soma total de flores e plantas exportadas entre janeiro e dezembro de 2010 no Brasil foi de US$ 28,68 milhões, 7,89% a menos em relação ao que foi vendido em 2009, US$ 31,14 milhões. A atual desvalorização cambial brasileira tem atingido também todo o setor de flores. Ao mesmo tempo em que o real valorizado consolida a perda da competitividade exportadora, favorece as importações de produtos estrangeiros, especialmente de flores de países como Colômbia e Equador, que detêm grandes excedentes a baixo custo, avalia o sócio da Hórtica Consultoria, Antônio Hélio Junqueira.
Uma pessoa gasta, em média, R$ 28 em uma floricultura, que é considerado pouco pelo setor. Para o presidente da Associação dos Distribuidores e Produtores de Flores da Central de Abastecimento Municipal, Flávio Vieira, apesar do Estado se destacar na produção, ainda falta espaço físico para estimular o consumo. Vamos juntar todos os setores para fazer uma campanha que incentive mais o consumo de flores, seja para decorar a casa, renovar o jardim ou presentear alguém, já que 70% do que é vendido na Central são para eventos como casamento e formatura, afirma.
A CeasaMinas pretende abrir um novo mercado atacadista de flores, que pode aumentar o faturamento em, aproximadamente, R$ 400 mil por mês, além de diversificar a oferta e incentivar a produção. Segundo Vieira, o faturamento anual do setor em Belo Horizonte foi de R$1,4 milhão em 2010.
A construção de uma central de perecíveis no entorno do aeroporto de Confins vai dinamizar as exportações mineiras. À medida em que Confins aumenta sua disponibilidade de voos internacionais, essa infraestrutura faz com que a capacidade de exportação de flores melhore. Isso é essencial para que os produtores possam investir mais no Estado, afirma o diretor do ExportaMinas, Jorge Oliveira.
Paisagismo
Uma floricultura com qualidade é fundamental para realizar qualquer trabalho de paisagismo. Através da qualidade, obtemos plantas e flores com padronização, o valor agregado é maior, conseguimos vender um produto mais bonito, sem defeito, com plantas sadias de pragas e doenças. Além disso, a durabilidade é maior, ressalta a paisagista, Alessandra Villela.

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