Em um país miscigenado como o Brasil, apenas metade dos casais em lista de espera para adoção não se importa com a raça da criança que poderá ser recebida. O fato foi constatado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), responsável pelo cadastro de adoção.
De acordo com o CNJ, 53% dos futuros pais não acham relevante a cor da pele da criança, mas 37% exigem que o filho adotado seja branco. Outros 5,8% querem crianças pardas, 1,9% crianças negras, 1% crianças amarelas e 0,97% crianças de origem indígena.
Essa vontade dos pais não condiz com a realidade, já que, do total de crianças à espera de uma nova família, 50,6% são pardas, 30,3% brancas, 18,1% negras e 0,5% indígenas e amarelas.
Além da raça, pais também são restritivos quanto à idade do filho a ser adotado. A maioria absoluta, 92%, prefere crianças com idades de 0 a 6 anos. Pouco mais de 6% dos pais concordam em adotar crianças de 6 a 10 anos e apenas 0,8 deles adotariam adolescentes de 11 a 17 anos. Atualmente, no Brasil, 30.378 casais estão na lista para adoção.

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