Mesmo com todas as facilidades de financiamento para a compra de um veículo novo, muitos mineiros ainda mantém carros antigos. De acordo com dados do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), metade da frota do Estado tem mais de dez anos de uso – são 3.928.315 veículos.
O principal problema do envelhecimento da frota, segundo especialistas, é que grande parte deles não tem manutenção adequada. O resultado são automóveis parados em vias movimentadas atrapalhando o fluxo e até provocando acidentes.
De acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), das cerca de 5 mil ocorrências diárias na capital – entre acidentes, congestionamentos e carros quebrados – aproximadamente 200 são provocadas por veículos com problemas mecânicos.
Para o perito em segurança no trânsito Marco Paiva, além de provocarem engarrafamentos, veículos velhos e sem manutenção oferecem grande risco de acidentes. Esperávamos que a redução dos impostos para veículos fosse diminuir essa frota antiga, mas, pelo contrário, só aumentou o número de automóveis da cidade e não renovou a frota. Agora, temos vias que não comportam o fluxo de veículos e carros velhos que agravam o problema, afirmou.
Na avaliação do especialista, os veículos deveriam passar por manutenções periódicas a partir dos cinco anos de circulação. Essa é uma medida de segurança, mas não há nenhuma exigência do poder público de vistorias, destacou Paiva. Uma alternativa, segundo o perito, são políticas de incentivo do governo para renovação da frota. Muitas pessoas não têm condições de trocar de carro. Seria ideal uma política do tipo ?Meu Carro, Minha Vida.

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