Uma inovadora técnica promete combater a anomalia Ebstein (deficiência na válvula tricúspede, que a impede de funcionar normalmente, provocando, assim, refluxo sanguíneo). Como normalmente a doença é diagnosticada na infância, a válvula é substituída por uma prótese nos procedimentos cirúrgicos. Com o passar dos anos, seria novamente necessária uma nova intervenção, uma vez que o corpo da criança se desenvolve.
Pensando em trazer uma solução para todos os tipos de anatomia e idade, o médico brasileiro José Pedro da Silva desenvolveu uma técnica chamada cone-método, nela, é usado o tecido da própria válvula doente para construí-la em formato de cone.
Com essa nova técnica, o paciente não precisa passar por outra cirurgia para trocar a válvula anos depois, e não há rejeição do corpo, já que ela é reconstituída deixando a anatomia próxima do normal. A maior vantagem do procedimento é que a técnica do cone consegue concertar a válvula recuperando também a função cardíaca do enfermo.
O método teve resultados positivos em 88 pacientes operados, o que estimulou o médico a apresentar um relatório com os resultados nos EUA em 2006. Desde então, a metodologia passou a ser usada por vários centros de cirurgia do mundo, despertando a curiosidade de cirurgiões que viajam ao Brasil para aprenderem a técnica.

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