Muita gente pensa que as microturbinas eólicas sejam aplicáveis apenas em casas ou pequenas propriedades rurais. Porém, a Intel está mostrando o quão errado é esse pensamento. O telhado da sede da Intel em Santa Clara, Califórnia, tem a maior rede de microturbinas eólicas dos Estados Unidos da América.

A geração de energia renovável nos telhados está quase sempre associada à solar, mas isso não é uma regra e a Intel está mostrando exatamente isso. É uma rede composta por 58 turbinas eólicas com potencial para gerar um total de 65 kWh. Cada turbina tem cerca de 2m de altura e pesa 13 kg.

O parque eólico de pequenos geradores é apenas uma prova de conceito. E compartilha o espaço na cobertura do edifício com uma matriz maior de painéis solares. A Intel quer reunir dados suficientes para avaliar o desempenho da matriz de microturbinas para ajudar casas e empresas a integrar a mesma tecnologia.

Este projeto faz parte do plano da Intel ser autossuficiente em energia e ficar completamente fora da grade. E, ao longo dos últimos anos, teve suas iniciativas verdes amplamente reconhecidas. E pelo sétimo ano consecutivo, a EPA, Agência de Proteção Ambiental, reconheceu a Intel como o maior comprador voluntário de energia verde nos EUA.

Ao contrário de outras empresas, como Apple e Google, a Intel foca na energia renovável nas suas próprias instalações, ao invés de construir e investir em usinas de energia independentes. Hoje, a Intel já produz energia para 12 de seus complexos nos EUA, Israel e Vietnã, produzindo 12 milhões de kWh de energia solar por ano. Além disso, os dois complexos da Intel na Índia estão equipados com sistemas solares de água quente e que atendem quase todas as necessidades das instalações.

Outra experiência nessa linha vem da Itália. Os italianos partem do princípio que quando se pensa em geração de energia eólica logo se imaginam turbinas de vento gigantes colocadas no ar livre, longe de áreas urbanas, para a geração de eletricidade.

Para quebrar este paradigma, os arquitetos da Renzo Piano Building Workshop e da Enel Green Power desenvolveram um protótipo de uma turbina eólica chamada Libellula (dragonfly em inglês) especialmente concebida para superar as duas principais limitações da energia eólica: pequena escala e menor eficiência.

A turbina é leve, feita de carbono ou policarbonato, e tem um diâmetro de apenas 35 centímetros, tem 20 metros de altura e pode gerar cerca de 55kW, suficiente para abastecer cerca de 35 casas europeias. O protótipo foi nomeado “dragonfly” porque as pás da turbina são feitas de acrílico transparente, assemelhando-se às asas transparentes da libélula.

Além de ser pouco visível, o gerador opera com ventos muito fracos, da ordem de 2m/s. O protótipo está instalado em Molinetto, Itália, já há alguns meses e os fabricantes esperam iniciar em breve a produção em massa.

São exemplos para inspirar empresários, cidadãos comuns e políticos, em especial aquele localizado no Ministério das Minas e Energia e que deveria fazer o Brasil um exemplo na exploração solar e eólica.

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