Com apenas 39,2% de adesão, Minas tem a quarta pior taxa de isolamento social do Brasil. O Estado só perde para Goiás (36,9%), Tocantins (37,5%) e Mato Grosso (39%). Os números são referentes a quarta-feira (13).

O levantamento é da In Loco, que analisa a localização de 60 milhões de brasileiros por meio do GPS de celulares. Apesar do monitoramento, a empresa de tecnologia assegura a privacidade e anonimato das pessoas.  

O índice registrado no território mineiro é considerado baixo e preocupa especialistas, que temem o aumento das notificações do novo coronavírus. Além disso, a amostragem aponta que o cenário piorou. Na última quinta-feira (7), pesquisa da mesma empresa indicava que apenas 40,3% dos mineiros estavam em quarentena.

Conforme o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES), de quarta-feira (13), Minas tem 135 mortes e 3.733 casos confirmados de Covid. Os números são menores se comparados a outros estados. Porém, infectologistas alertam que a flexibilização, feita pela própria população, coloca em risco todo o trabalho desenvolvido até o momento.

Para o médico Unaí Tupinambás, que integra o Comitê de Combate à Covid-19 em Belo Horizonte, a taxa de isolamento ideal é de no mínimo 50%. O distanciamento social foi recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com a maneira mais eficiente de se impedir a transmissão da doença.

“O número de casos pode aumentar de forma exponencial, dobrando a cada quatro a dias. Isso levaria ao colapso do sistema de saúde e aumento da mortalidade”, alertou o infectologista. O especialista reforça que, quem puder, deve permanecer em casa.

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