Minas Gerais deverá ter um crescimento um pouco maior que o do Brasil em 2014. Segundo o estudo Monitor Econômico, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a expectativa é que Minas encerre o ano com crescimento no PIB de 1,8%, enquanto a projeção para o Brasil é de um crescimento de 1,65% em 2014.
O que explica essa pequena diferença de perspectiva é a projeção mais otimista para o ano da indústria mineira, que esboça uma reação depois de um ano de 2013 com queda 1,09%. Para esse ano, a expectativa é de um crescimento de 2,78%, enquanto para o país esse índice é de apenas 0,7%.
Nos dois primeiros meses de 2014, a produção física no Estado voltou a crescer. Em Minas Gerais, a produção industrial de fevereiro ajudou a recuperar o índice acumulado dos últimos 12 meses, passando de – 2,3% para -1%. O estudo ressalta, no entanto, a volatilidade do setor industrial, que é muito sensível a questões como alterações no custo da energia e variação cambial.
A indústria mineira também vê com preocupação a perspectiva de alta na taxa básica de juros, a Selic. Como o mês de março registrou alta de 0,92% na inflação ? pior alta para o mês desde 2003 ?, o setor produtivo já espera uma reação do Banco Central (BC) de aumento de juros para controle de preços. Na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), a Selic subiu pela nova vez seguida e fechou em 11% ao ano. Quanto maior for esse índice, maior fica o custo de produção para a indústria brasileira e mais caro fica o acesso ao crédito.
Mundo
Nos Estados Unidos e na Europa, o estudo apontou uma melhora nos indicadores econômicos após as crises financeiras de 2008 e 2010. Embora ainda altos, os índices de desemprego nos países da União Europeia estão estáveis.
A preocupação agora é com a deflação, ou seja, queda de preços nesses países. Esse movimento é ainda mais perigoso que a inflação, porque a queda consistente de preços potencializa o desemprego, estimula muito a poupança das pessoas e empresas e derruba o consumo, os investimentos e os empregos.
FMI
Em relatório recente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já indicou a necessidade de ações fortes para acabar com o risco deflacionário. Segundo o FMI, há um risco de 20% de deflação na Europa agora em 2014.

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