O setor cafeeiro deverá movimentar mais de R$ 20 bilhões no Brasil neste ano. Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), 54% serão provenientes da produção do Estado, que está estimada em 24 milhões de sacas para 2017.

Apesar do impacto causado pelo ciclo bianual da planta, o setor celebra os resultados deste ano e mostrou otimismo para 2018. Nessa quarta-feira (25), durante abertura da 5ª Semana Internacional do Café (SIC), feira que está aberta à visitação do público até esta sexta-feira (27), no Expominas, as entidades ligadas à área se mostraram satisfeitas com os resultados obtidos em 2017.

“Haverá uma pequena queda, que é da própria lavoura, pois temos um ano de safra cheia e outro de queda, uma vez que a planta estará se recuperando. Mas apesar da bienalidade, comemoramos que vamos produzir mais de 24 milhões de sacas. Isso significa 54% da produção nacional. É uma produção muito boa. Lamentamos, apenas, que poderíamos ter preços melhores, já que não há estoques. Mas temos a certeza de que haverá uma recuperação e que chegamos a um resultado satisfatório”, afirmou o presidente da Faemg, Roberto Simões, no Expominas.

Um dos fatores que corroboraram para esse otimismo foi o crescimento do consumo do café. Segundo dados informados pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) à reportagem, o brasileiro adquiriu 3,5% mais em relação a 2016. “O que nos deixa mais animados para este ano e para o próximo é o crescimento do consumo do café. Nos próximos dias divulgaremos uma pesquisa que confirmou nossa expectativa de que o avanço seria de 3,5% em relação a 2016. Em média, cada brasileiro bebe 84 litros de café por ano, o que faz do país o segundo maior do planeta em consumo”, comemorou Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic.

Otimismo puro

Ainda de acordo com Nathan Herszkowicz, nem mesmo a produção menor deste ano, se comparada aos demais, foi um fator desanimador. “Para os produtores, os últimos quatro anos têm sido bons, porque estamos conseguindo safras e preços melhores. É um período em que temos renovação tecnológica para conseguir produzir mais”, disse.

O Executivo destaca que nem as dificuldades impostas pelo clima conseguiram desanimar o produtor, principalmente pelo crescimento do consumo. “Temos que entender que o café ainda é um produto barato, com custo anual de R$ 163 para o brasileiro”, completa.

 

 

Fonte: O Tempo Online||

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