O sonho de uma vida melhor da mineira Izidora Ferreira, de 29 anos, foi brutalmente interrompido por um acidente de trânsito que tirou a vida da jovem no  domingo (30). Izidora morava em Portugal há cerca de um mês e tinha acabado de receber seu primeiro salário quando a moto em que ela estava com um amigo se envolveu na ocorrência.

Agora, a luta da família é para conseguir levantar R$26 mil para trazer o corpo de Izidora para ser enterrado em Santa Efigênia de Minas, no Vale do Rio Doce, onde ela morava. Segundo a irmã dela, Cleide Ferreira, 24, se o corpo não for trazido, será cremado no país europeu.

Segundo o portal Jornal de Notícias, de Portugal, o acidente aconteceu em uma estrada municipal em Vila Nova de Milfontes, na região do Alentejo, e o rapaz que acompanhava Izidora e conduzia a motocicleta morreu no local.

Cleide contou que ela chegou a ser levada de helicóptero para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. “Ela foi arremessada para longe, teve ferimentos graves nas pernas e braços e um corte na cabeça, mas ligaram para minha irmã que mora lá por volta de 20h e falaram que ela havia morrido”, detalhou.

O custo do translado do corpo entre Portugal e o Brasil é de 6 mil euros, o equivalente a R$ 26 mil. Diante do alto valor, familiares e amigos resolveram criar uma vaquinha pela internet para ajudar a arrecadar a quantia. Até a publicação desta reportagem, a plataforma registrou R$ 3.700 em doações, quase 15% do valor necessário. No entanto, segundo Cleide, a família mobilizou a pequena cidade de Santa Efigênia de Minas para que os ajudem. “Colocamos caixinhas em lojas, pedimos nas nossas redes sociais, na rádio da cidade, e estamos sendo muito ajudados, tanto financeiramente quanto com palavras de apoio e conforto, mas ainda falta”, relatou.

Sonho interrompido

Izidora se mudou para a cidade de Vila Nova de Milfontes após receber uma proposta de emprego. Ao Hoje em Dia, Cleide contou que a irmã estava desempregada e aceitou o convite de uma amiga portuguesa da família. “Minha cunhada e meu irmão já haviam morado lá e conheceram esta senhora portuguesa, que recentemente abriu uma rede de cafeterias e ofereceu uma vaga para minha cunhada, mas como ela não podia ir, passou a oportunidade pra Izidora”, detalhou. Lá, ela morava com uma irmã e o cunhado, que haviam se mudado junto com ela há cerca de um mês.

A moça era mãe de uma menina de 5 anos, que ficou no Brasil, e planejava levar a criança para morar com ela no fim do ano. Desde que chegou a Portugal, Izidora relatava à família estar muito satisfeita com a mudança, dizia que era um lugar muito bonito, que tudo no emprego ia bem e convidava a irmã mais nova para ir também.

“Ela era como uma mãe para mim, desde pequena ela sempre cuidou de mim, me ajudava no que eu precisava. Eu ainda não estou acreditando muito no que aconteceu, acho que só vai cair a fixa quando eu ver ela aqui”, lamentou Cleide.

Quem quiser ajudar na campanha para trazer o corpo de Izidora, pode entrar no site do Vakinha neste link.

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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