Dos 31 pontos somados pelo Atlético-MG no Campeonato Brasileiro 2020, 22 foram conquistados no Mineirão. O Galo volta a jogar em casa no sábado, diante do Sport, pela 17ª rodada. É o retorno à “fortaleza” na qual está invicto com Sampaoli e soma sete vitórias e um empate na Série A. Jogar no Gigante da Pampulha é sinônimo de segurança, mas também de prejuízo financeiro.

Com portões fechados, os clubes brasileiros passaram a “pagar para jogar”, uma vez que não há renda de venda de ingressos, e somente as despesas de se abrir um estádio de 60 mil lugares – como é o Mineirão. No caso do Atlético, são R$ 1.058.900,00 de receita líquida negativa (déficit) até o momento, nas 11 partidas feitas sem torcida no estádio da capital.

A marca que supera R$ 1 milhão de prejuízos foi batida na partida contra o Fluminense, justamente a única que o Atlético de Sampaoli não venceu – empate por 1 a 1. O receita líquida (subtração da renda de bilheteria com as despesas do jogo) presente no borderô da partida – e publicada pela CBF a cada fim de rodada – foi de R$ 104 mil negativos.

A média que o Galo soma no Mineirão é pagar R$ 96,2 mil de despesas a cada jogo. E o caminho que é o R$ 1 milhão vire R$ 2 milhões até o fim do Brasileiro.

Apesar de ter acordo com a empresa que administra o Mineirão e com planos de jogar no estádio até o fim da temporada, o Atlético é o responsável por arcar com tais custos. A contrapartida do fato é que o Galo acredita que o Gigante ofereça mais conforto para seus funcionários – jogadores, colaboradores, comissão técnica – em tempos de Covid-19, além de a qualidade do gramado ser alta, ainda mais após cuidados da enquanto os jogos não aconteciam – entre março e julho.

Um movimento que cessaria, ou ao menos diminuiria os prejuízos certos do Atlético em termos de bilheteria, seria a volta gradual do torcedor ao estádio. O tema já foi debatido em reuniões dos clubes com a CBF, mas sem um direcionamento positivo firmado.

O retorno do público depende, principalmente, do aval dos poderes públicos de cada praça. Enquanto os portões seguem fechados, a diretoria do Atlético se debruça em outras fontes de receita, como os 110 mil “Mantos da Massa” vendidos durante a pandemia, que geraram cerca de R$ 22 milhões de receita bruta.

Os prejuízos do Atlético com portões fechados:

  • – R$ 76 mil (Patrocinense)
  • – R$ 79 mil (América-MG)
  • – R$ 91 mil (Corinthians)
  • – R$ 96 mil (Ceará)
  • – R$ 90,4 mil (Tombense)
  • – R$ 104,6 mil (São Paulo)
  • – R$ 107,8 mil (Bragantino)
  • – R$ 100,1 mil (Grêmio)
  • – R$ 107,3 mil (Vasco)
  • – R$ 101,7 mil (Goiás)
  • – R$ 104,9 mil (Fluminense)
  • Total: – R$ 1.058.900,00
  • Média: -R$ 96,2 mil a cada jogo (11 jogos)

Matéria do GE – Globo Esporte

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