Os gastos das famílias de Minas Gerais deverão somar R$ 151,880 bilhões neste ano, cifra 12,2% maior na comparação com o bolo total do consumo no estado durante o ano passado (R$ 135,39 bilhões). Os dados foram estimados pela empresa Ibope Inteligência, especializada em pesquisa e consultoria em marketing, potencial de mercado e consumo. Ainda que descontada a inflação de 2013, será um farto aumento, de 6,34%, considerando-se o índice oficial do custo de vida, o IPCA, que acumula variação de 5,86% no país nos últimos 12 meses até setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com todo esse fôlego, a estimativa do consumo de 2013 parece desdenhar das taxas modestas de crescimento da economia brasileira projetadas pelos analistas do mercado financeiro, na casa dos 2%, e logo instiga a pergunta: de qual crise falamos no Brasil? O levantamento feito pelo Ibope Inteligência mostra crescimento do potencial de consumo entre todas as classes de renda, principalmente aquelas que ascenderam socialmente nos últimos anos: a C, a D e a E. A alta da inflação dos alimentos no primeiro semestre pressionou os gastos com alimentação dentro e fora dos domicílios, que tendem a absorver R$ 36,130 bilhões.
Outra parcela importante dos desembolsos em Minas será com automóvel particular, de R$ 26,322 bilhões. Os resultados no estado acompanham o movimento do consumo no Sudeste, onde as compras deverão somar R$ 793 bilhões em 2013, um acréscimo de 15%, em termos nominais, frente a 2012, ainda com base na pesquisa do Ibope Inteligência. A chave para entender os números numa economia em desaceleração está no conjunto de três ingredientes essenciais nessa análise: a manutenção do nível do emprego, a elevação dos rendimentos da população e o período recente de expansão do crédito no país, alerta o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
?O consumo, sem dúvida, continua firme, embora a um ritmo descendente, com a inflação mais alta. A boa notícia é que os preços começaram a ceder em relação ao primeiro semestre?, afirma. O IBGE divulgou no mês passado uma taxa de desemprego de 5,4%, que caiu frente aos 6% de junho e ficou estável ante agosto e perante o mesmo mês no ano passado. A renda real, descontada a inflação, de R$ 1.908 subiu 1% em relação a agosto e 2,2% quando comparada a setembro de 2012. Vale lembrar que na mesmo linha de expansão do potencial de consumo indicado pela pesquisa do Ibope, o Banco Central apurou em setembro gasto recorde dos brasileiros no exterior para o mês analisado, de US$ 2,1 bilhões em viagens.

?O consumo, sem dúvida, continua firme, embora a um ritmo descendente, com a inflação mais alta. A boa notícia é que os preços começaram a ceder em relação ao primeiro semestre?, afirma. O IBGE divulgou no mês passado uma taxa de desemprego de 5,4%, que caiu frente aos 6% de junho e ficou estável ante agosto e perante o mesmo mês no ano passado. A renda real, descontada a inflação, de R$ 1.908 subiu 1% em relação a agosto e 2,2% quando comparada a setembro de 2012. Vale lembrar que na mesmo linha de expansão do potencial de consumo indicado pela pesquisa do Ibope, o Banco Central apurou em setembro gasto recorde dos brasileiros no exterior para o mês analisado, de US$ 2,1 bilhões em viagens.

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