A partir desta quarta-feira (30) Minas Gerais irá contar com a primeira Delegacia Virtual do Estado. O anúncio foi feito pelo chefe da Polícia Civil, Oliveira Santiago Maciel, na sede da Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP). A ideia é otimizar o tempo das pessoas e também desafogar as ocorrências nas delegacias físicas e postos da Polícia Militar (PM).
Na primeira fase, o serviço contará apenas com um tipo de ocorrência que poderá ser feita pela internet: acidentes de trânsito sem vítimas. Basta acessar o site delegaciavirtual.sids.mg.gov.br, que estará no ar a partir das 18h desta quarta, e fazer o registro. Para isso, o usuário deve ter mais de 18 anos e, caso seja estrangeiro, deve estar mundo dos documentos de identificação.
Só poderão ser registrados acidentes com até quatro veículos envolvidos, além do veículo do motorista que está fazendo o registro. Também estão excluídos dessa primeira fase acidentes que tenham cunho criminal, por exemplo, quando um dos motoristas está com indícios de que usou bebida alcoólica ou fugiu da cena do crime. Também é necessário que haja duas testemunhas por cada solicitação.
Segundo o governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, ?o projeto vai proporcionar a diminuição no número de registros presenciais feitos nas delegacias e nos postos de atendimento da PM, reduzindo o tempo de espera para registro das demais ocorrências nas unidades policiais?.
Os usuários do serviço poderão fazer a ocorrência no local do acidente, usando o celular ou tablet, ou do computador de casa.
A superintendente adjunta da SIIP, Yukari Niyata, explicou que a ideia é proporcionar mais rapidez nas delegacias de todo o Estado. ?Enquanto na delegacia a elaboração de uma ocorrência pode durar de duas a quatro horas, pela internet, o solicitante irá gastar em média 15 minutos para fazer a ocorrência?. Além disso, Niyata acredita que o projeto vá gerar economia de insumos e energia e também irá liberar mais policiais militares para o policiamento ostensivo e os policiais civis para a produção de inquéritos. Atualmente, essas ocorrências demandam 27% do atendimento da Polícia Civil.
Sem fraudes
Para evitar fraudes e registros indevidos no site a polícia elaborou um formulário que irá exigir o preenchimento de dados pessoais dos reclamantes, como o CPF. A superintendente adjunta Yukari Niyata lembra que as pessoas que tentarem enganar ou forjar o sistema podem responder por falsa comunicação de crime. A pena pode variar de 1 a 5 anos de prisão.
Outros serviços
Até o fim deste ano, outros cinco tipos de registro estarão disponíveis no site: perda e extravio de documentos, de objetos pessoais, registro de pessoas desaparecidas, registro de localização de pessoas desaparecidas e crimes e danos de menor potencial ofensivo.
Além disso, a polícia irá disponibilizar computadores em locais estratégicos para as pessoas que não tem como fazer o registro de casa, até o fim do ano. Os locais e a quantidade de equipamentos ainda não foi divulgada.
O projeto demandou um investimento de R$ 2 milhões.

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