Beneficiários do programa federal Bolsa Família não saem da linha da extrema pobreza mesmo depois de receberem até R$ 112 mensais, revela reportagem de Marta Salomon da Folha de S.Paulo deste domingo.
No Nordeste, região que concentra a metade das famílias atendidas pelo principal programa do governo Lula, a renda familiar média após o pagamento do benefício não alcança R$ 60 por pessoa. Está em R$ 59,11 mensais. Na região Norte, a média fica apenas R$ 0,47 acima da linha da extrema pobreza. No país, essa média é de R$ 64,55, bastante distante da renda com que uma família superaria a condição de pobreza, pelos critérios do programa.
A saída para os que permanecem miseráveis após o pagamento do Bolsa Família, na avaliação do governo, seria garantir o acesso dessas famílias a outras políticas públicas destinadas a enfrentar as demais dimensões da pobreza, além da renda.
Pesquisa recente do ministério mostrou que mais da metade (56,2%) dos titulares do programa tem baixa escolaridade e não passou da quarta série do ensino fundamental; 1,8 milhão dos titulares seriam analfabetos.

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