A população do bairro Cidade Nova está preocupada com a violência no local e está com mais medo depois do que aconteceu neste final de semana com a senhora V.J.F., proprietária de um estabelecimento comercial no bairro, que, por motivo de segurança, pediu para que seu nome não fosse revelado.
?No sábado [6], às 8h30, chegou uma cidadã embriagada no meu estabelecimento, começou a discutir, dizendo que roubei o seu chapéu, eu nem vi se esta moça chegou com chapéu e não vi ninguém pegando, mas ela afirmava que eu peguei o chapéu, e também estava querendo usar o banheiro dos funcionários. Eu disse que ela podia usar o banheiro para uso dos clientes, pois o nosso é particular?, contou a proprietária.
Segundo a denunciante, por volta das 23h, a mulher e um rapaz teriam voltado ao estabelecimento e começaram a discutir e agredir a proprietária. ?Quando as pessoas que passavam pelo local me deram socorro, o rapaz e ela entraram dentro do meu estabelecimento e começaram a quebrar tudo. Esta foi a primeira vez que acionei a Polícia Militar, mas disseram que não podiam vir, pois a viatura estava empenhada em outros assuntos, mas quando escutaram o barulho que faziam quebrando meu estabelecimento e disse que era caso de vida ou morte não demoraram mais de cinco minutos para chegarem e prender a agressora?, conta.
A comerciante diz ainda que a mulher voltou com uma amiga e recomeçou a confusão. ?Enquanto eu e mais três amigos descansávamos com o estabelecimento fechado, ela chegou e começou a me chamar para pedir desculpa. Fui abrir o portão, pois não gosto de ficar de mal com vizinhos, mas, quando cheguei no portão, me deram um murro no olho esquerdo e cai na rua desmaiada, e as agressoras tentavam assaltar meu estabelecimento. Um vizinho escutou o barulho e veio ver o que estava acontecendo, me deu socorro e as agressoras, com a presença dele, fugiram. Quando acordei estava com a cabeça cortada, o olho inchado e com vários hematomas pelo corpo e tinha um pedaço de pau do meu lado que, provavelmente, usaram pra me bater?, relata a proprietária.
Ela comenta ainda que, quando acordou, ligou novamente para a PM, mas eles não queriam voltar ao local. ?Tive que fazer um escândalo para eles virem fizer o Boletim de Ocorrência?, reclama a denunciante.
Questionada sobre o que ela achava que deveria ser feito para resolver este problema, a proprietária do bar respondeu: ?Olha, esta mulher que me agrediu não é a primeira que ela faz este tipo de violência, e continuo sendo ameaçada, pois ela disse que vai voltar para terminar o serviço. Eu não tenho nada contra ela, mas estou me sentindo insegura, pois tenho família e não sei o que ela pode fazer comigo. Então, a solução que eu acho que deve ser feita é de trazer um posto policial para este bairro, pois é um bairro afastado da cidade. A PM demora a chegar até aqui e, se tivesse pelo menos dois policiais à noite, intimidaria mais as pessoas e diminuiria a taxa de criminalidade que, neste bairro, está muito alta, pois pagamos nossos impostos e estamos vivendo com medo, sem segurança. Este bairro não pode ficar nas mãos destas pessoas, como estamos sendo represados por estes fora da lei?, conclui.
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