Após várias ameaças da Secretaria de Saúde sobre o fechamento do PSF Manoel Messias Carvalho (Messião), uma delas pauta de reportagem do jornal no fim de outubro de 2014, a população do bairro Vargem Grande e regiões adjacentes temem que, dessa vez, o posto seja mesmo fechado.

Na tarde de quinta-feira (11), a moradora da avenida Geraldo Almeida, onde fica localizado o posto, Sra. Adair Garcia da Silva (Bita), esteve na redação do jornal e se mostrou preocupada com a situação. “Disseram que a mudança do posto será feita de madrugada para que a população não reclame e não atrapalhe. Aquele posto atende um número considerável de idosos que não tem condições de se deslocar para locais distantes para ter atendimento”, disse a moradora.

Representante da comunidade, o cabelereiro Helder Ritielly informou que no fim de março, os equipamentos e o mobiliário do posto chegaram a ser embalados para a mudança. “Ficamos preocupados. Então pedi ajuda ao vereador que é do lado do prefeito, o Zezinho Gaiola e no dia 27 de março, chegou a notícia de que a transferência de local estava suspensa. Agora a ameaça da Secretaria de Saúde se repete”.

O posto atende moradores dos bairros: Vargem Grande, Alto da Praia, Recanto da Praia, Vila Colorida e bairros mais distantes como Ércio Rocha e Vila Nova das Formigas.

Em outubro de 2014, a Prefeitura informou que o fechamento de fato ocorreria, mas não explicou os motivos. Segundo os moradores, os próprios funcionários reclamam das condições do imóvel que abriga o posto. “Há tempos que a Secretaria de Saúde sabe do péssimo estado de conservação da casa, que está cheia de infiltração. Mas ao invés de reformar, fica ameaçando retirar o posto do local. No fim, não faz nem uma coisa nem outra e deixa a gente sendo atendido em um lugar inadequado e vivendo sempre preocupado se o posto vai ou não ser retirado do local”, comentou a moradora.

 Ouvindo o outro lado:

Questionado sobre o assunto, o chefe de Gabinete e também secretário de Administração e Gestão de Pessoas José Terra de Oliveira Júnior (Terrinha) explicou que “o posto está interditado porque uma das paredes do imóvel pode cair a qualquer momento. Porém os trabalhos ali não serão interrompidos, estamos procurando um novo imóvel na região para que o PSF seja transferido de local, sem interrupção dos serviços”.

 

Descrentes, os moradores estão decididos a impedir a transferência do posto de saúde e pretendem ir ao Ministério Público na segunda-feira (15). “Já perdemos a Praia Popular que foi demolida sem nenhum motivo ou explicação. A quadra vive trancada e não atende a nós, moradores pobres. Não queremos e nem vamos ficar sem o posto de saúde”, encerrou Bita.  

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