A primeira Miss Brasil, Martha Rocha, morreu neste sábado (4), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, aos 84 anos. O corpo da baiana nascida em Salvador foi enterrado neste domingo (5), no Cemitério no Santíssimo Sacramento.

A causa da morte, segundo o filho Álvaro Piano, foi insuficiência respiratória seguida de infarto.

“A vida dela foi muito sofrida nos últimos anos, ela estava acamada há muito tempo e não conseguia andar. Morreu sem muito sofrimento. Ela já estava cansada. Rodeado de pessoas que cuidavam dela. Esses últimos meses a gente só se falava através de contatos telefônicos. Sinto falta da minha mãe, mas ela descansou”, disse Álvaro.

Maria Martha Hacker Rocha foi eleita a primeira Miss Brasil em junho de 1954, aos 18 anos, em um concurso no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, Região Serrana do RJ.

“Fica na memória uma pessoa que, apesar da fama toda, ela era super simples, brincalhona, moleca. Adorava natureza, planta e os animais, amiga de todos. Viveu 12 anos em Volta Redonda perto do meu irmão. Saiu de lá porque a saúde dela começou a se deteriorar. Trouxe ela para Niterói há 6 anos”, contou Álvaro.

Lenda das ‘duas polegadas’

No concurso de Miss Universo, no mesmo ano, ficou em segundo lugar, atrás da norte-americana Miriam Stevenson. Uma lenta dizia que ela só perdeu o título por “duas polegadas” do quadril, fato que ela mesmo desmentiu.

Martha Rocha teve dois filhos com o banqueiro português Álvaro Piano, que morreu em um desastre de avião. Aos 23 anos, de volta ao Brasil, se casou com Ronaldo Xavier de Lima e teve outra filha, a artista plástica Claudia Xavier de Lima.

Em 1995, teria perdido todo seu dinheiro para o cunhado. Em 2019, ela postou: “Em 1995, com a fuga de Jorge Piano com todo o meu dinheiro, superei meus problemas com suporte de meus dois filhos, duas amigas e o meu trabalho honrado, vendendo os quadros pintados por mim, e ganhando cachê para divulgar o concurso Miss Brasil”,

Também pelas redes sociais, Martha disse que, por questões financeiras, estava vivendo num lar de idosos em Volta Redonda, no Sul Fluminense.

Fonte: G1

 

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