Segundo estudos realizados pela ANTC (Associação Nacional de Transportes de Cargas), dos quase 170.000 km de rodovias asfaltadas, quase 6% estão nas mãos da iniciativa privada. A média mundial é de 2%. No caso brasileiro, o número de pontos de cobrança é alarmante, pois poderemos encerrar o ano com mais de 350.
O Ministério dos Transportes só espera autorização do TCU (Tribunal de Contas da União) para conceder rodovias ao setor privado, onde serão implantados mais 72 pontos de cobrança de pedágio. No Estado de São Paulo, por exemplo, o campeão brasileiro de pedágios, foram concedidos 12 lotes a iniciativa privada, mas nove não saíram do papel, estão bloqueados e poderão representar mais cerca de 100 pontos de cobrança.
Com a proximidade das férias escolares de julho, espera-se que as estradas de todo o país receberão um fluxo intenso de veículos. Tão importante quanto estar atento à revisão do veículo é saber que, nas rodovias privatizadas, em que há cobrança de pedágio, o motorista tem disponível uma série de serviços de assistência, como socorros médico e mecânico. A cobrança de pedágio é considerada relação de consumo, portanto, o usuário tem a proteção do Código de Defesa do Consumidor.
Sendo assim, é importante que os motoristas saibam que o código permite que, judicialmente, o consumidor peça a inversão do ônus da prova. Se o carro bater em uma vaca, por exemplo, não será o motorista quem terá de provar que a vaca atravessou a pista. A concessionária é responsável pelos problemas que ocorrem na estrada, desde que não haja intervenção de terceiros, o que inclui qualquer acidente de consumo diretamente relacionado à rodovia, decorrente de buracos ou má sinalização, por exemplo. Isso significa que o consumidor poderá pedir indenização.

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