O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu nessa segunda-feira (1º) um inquérito civil público para investigar o suposto vazamento de dados pessoais de brasileiros usuários do Facebook, após a empresa ter dito na sexta-feira (28) que hackers obtiveram acesso a 50 milhões de perfis da rede social.

O promotor de Justiça Frederico Meinberg Ceroy, coordenador da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do MPDFT, comentou no despacho que o novo incidente de segurança aconteceu há menos de 10 dias do primeiro turno da eleição presidencial brasileira.

Ele também afirmou que comissão é responsável pela investigação da atuação da Cambridge Analytica no Brasil, empresa que ficou conhecida por ter feito mal uso dos dados de usuários do Facebook para influenciar nas eleições norte-americanas de 2016, que elegeram o presidente Donald Trump.

O MPDFT citou, na portaria de instauração do inquérito que foi obtida pela agência Reuters, o fato de que o ataque cibernético “permitiu ao(s) criminoso(s) apropriarem-se dos chamados ‘tokens’ de acesso, chaves que autorizam o acesso dos usuários às contas”. O MPDFT também afirmou que o ataque “pode ter permitido o acesso indevido a dados pessoais dos usuários como nome, sexo e cidade”.

O representante do MP determinou à Secretaria da Comissão de Proteção de Dados Pessoais para enviar ofícios ao Facebook, à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao comandante do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, Carlos Alberto Dahmer, e ao diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a instauração do inquérito.

O Facebook informou que ainda não foi notificado pelo Ministério Público do Distrito Federal. “Estamos à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades sobre o ocorrido”, informou a empresa em nota.

 

 

 

Fonte: G1 ||

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