Detentos da Penitenciária Formiga serão ouvidos por promotores do Ministério Público (MPMG). O órgão vai apurar a conduta do diretor-geral do presídio, Ronaldo Antônio Gomides, afastado  após a divulgação na terça-feira (9), de  imagens publicadas em redes sociais que mostram os detentos sentados enfileirados, nus e alguns deles algemados no pátio do presídio. Gomide aparece nas imagens escoltando os presos nus. 

O Promotor de Justiça Ângelo Ansanelli, está à frente do caso. Segundo ele, foi instaurado procedimento investigatório para apuração dos fatos. As investigações poderão durar cerca de 90 dias ou mais, dependendo da complexidade das informações. 

“Recebi oficialmente ontem por meio do nosso centro de apoio operacional de direitos humanos esta demanda. Instaurei um processo investigatório ontem mesmo, na data ainda  solicitei várias informações a direção do presídio, que tem 10 dias para prestar os devidos esclarecimentos dos fatos. Em seguida, serão realizadas as devidas diligências e oitivas dos presos”, explicou Ansanelli.

O Promotor ainda esclareceu que todas as medidas cabíveis ao MP já estão sendo adotadas.  

“Ainda não possuo nada oficial sobre o que motivou a postura adotada, vamos apurar o contexto que a situação ocorreu. Ainda não sabemos quem postou as fotos. O que cabe a nós do Ministério Público já está sendo feito, que é a instauração do procedimento investigatório incriminal para apurar se existiu a prática de tortura ou de abuso de autoridade, ” detalhou  Ansanelli. 

Apoio

Arsanelli ainda disse que outro promotor será nomeado para ajudá-lo na resolução do caso. Em nota o MP informou que  Ansanelli também vai contar com o apoio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos (CAO-DH).

Sejusp

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) declarou que um procedimento interno já foi instaurado para apurar a motivação da realização das imagens e a sua veiculação.

Fonte: O Tempo

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