Com prazos mais curtos para campanha e propaganda eleitoral, além de uma janela de filiação partidária mais extensa e o fim do financiamento privado, o pleito deste ano para prefeitos e vereadores deve ser marcado pela mudança no perfil dos candidatos.

Segundo previsão dos próprios partidos, sai na frente quem já é conhecido, o que acaba por limitar o espaço para novos nomes. Diante desta constatação, as legendas já trabalham na consolidação de pré-candidatos tomando como base o nível de popularidade e experiência dos mesmos.

Até quem já está calejado no quesito eleições terá que lidar com o arrocho de recursos e buscar apoio nas doações. Como foi definido pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado, fica proibida a doação de empresas para campanhas eleitorais. É permitida apenas a doação de pessoas físicas que, pela lei, podem contribuir com até 10% de seu rendimento no ano anterior ao pleito.

Aspecto positivo

Apesar de ser visto por alguns como um problema, há quem enxergue vantagens no fim do financiamento privado de campanhas. Na avaliação do presidente do DEM em Minas, deputado federal Carlos Melles, a mudança vai levar a um nivelamento dos candidatos.

Disputa por BH também é baseada no currículo dos candidatos

Assim como previsto pelas lideranças dos partidos em Minas, a disputa pelas prefeituras deve se centralizar em nomes já conhecidos, inclusive em Belo Horizonte. Apesar de ainda não haver uma definição quanto ao candidato, PT e PSDB trabalham com nomes de políticos já experientes. A maioria deles, inclusive, já ocupa cargos no Legislativo e Executivo.

“Temos uma aliança com o PSB e diversos outros partidos, não está definido quem sai de cabeça de chapa, mas entendemos que chegou a vez do PSDB. Para isso, o partido tem excelentes nomes como o deputado João Vítor Xavier, o senador Antonio Anastasia, o Pimenta da Veiga, entre outros”, afirma o presidente do diretório tucano em Minas, deputado federal Domingos Sávio.

Para viabilizar uma candidatura em que o PSDB indique o candidato a prefeito de BH, é preciso então que o PSB aceite ficar com a indicação do vice. Tal acordo estaria sendo costurado usando como contrapartida a promessa de que o PSB fique com a cabeça de chapa no pleito ao governo de Minas em 2018, quando a aliança entre os dois partidos deve ser repetida.

“Isso ainda não está negociado, é uma decisão que vem no momento certo. É um facilitador para isso ocorrer se os dois partidos saírem juntos agora. Além disso, é inegável que o nome do prefeito Marcio Lacerda é excelente opção para 2018”, diz Sávio.

No outro extremo, o PT também trabalha em alianças, mas não abre mão de candidatura própria. “Vamos lançar candidatos para as eleições municipais em mais de 300 cidades, inclusive BH. Temos uma série de nomes, como Patrus, Helvécio Magalhães, Miguel Corrêa Júnior, dentre outros, e estamos deixando esta definição em aberto ainda”, ressalta a presidente do PT em Minas, Cida de Jesus.

A escolha vai se basear na capacidade de construção interna de cada um. “Vamos construir essa candidatura dentro de um diálogo com o governo do Estado e com a militância do diretório de BH. Isso será definido no meio do ano”, esclarece Cida.

 

Fonte: Informações do Hoje em Dia||

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