Na edição de número 591 do Jornal Nova Imprensa, que circulou no dia 13 de junho, foi noticiada que a média de mulheres agredidas todo mês em Formiga varia entre os números de 35 a 40 ? casos estes que são registrados pela delegacia da Mulher. Alguns casos passam despercebidos pelas estatísticas, já que nem todas as mulheres agredidas chegam a registrar ocorrência.
Porém, outro fato preocupante veio à tona esta semana, após um marido agredir sua esposa diante dos próprios filhos no bairro São Luís. A doméstica Vanessa Aparecida da Cruz Silva, casada há 7 anos com Gerson Antônio da Silva, com quem tem dois filhos ? um de 2 e outro de 7 anos ? já foi agredida várias vezes pelo marido e na noite de segunda-feira, 16, por volta das 19h, enquanto Vanessa fazia o jantar, Gerson chegou e, sem motivo aparente, a agrediu com socos em seu rosto e sua cabeça, além de tentar enforca-la com um cinto. Vanessa fugiu para a rua, onde foi socorrida por uma vizinha. A doméstica foi encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal, onde levou três pontos acima do olho direito. Vanessa ainda conta que foi ameaçada de morte por Gerson, que, de acordo com a vítima, teria dito que irá matá-la de qualquer jeito.
Diante disso, Vanessa abriu inquérito na Delegacia da Mulher contra o marido, além de pedir uma medida protetiva de urgência ? que impede judicialmente que o autor da agressão se aproxime da vítima ou de sua residência. As crianças foram encaminhadas ao abrigo para menores. O grande problema é que,por não haver no município um local adequado, Vanessa teve que ir para lá.
Formiga ainda não tem um espaço próprio para abrigar mulheres agredidas. Em outro caso sério ocorrido na semana passada, uma mulher agredida pelo filho, por não ter para onde ir, chegou a pedir abrigo no asilo São Francisco de Assis. Como ela ainda não tinha a idade necessária para ser internada, sua entrada acabou por ser negada.
O problema, até então havia passado quase despercebido, não fosse a coragem de Vanessa em divulgar sua história. ?Meu único medo é que ele (o autor) me mate e meus filhos fiquem sem alguém que cuide deles?, comentou a doméstica.
Uma das promessas de governo de Aluísio era a criação de um Centro de Apoio Integral à Mulher ? o CAIM ? que deveria ser feito através de um convênio entre a Prefeitura Municipal e o Governo Estadual. Porém, já em ano eleitoral, o tal Centro não saiu do papel.

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