Apesar da maciça propaganda oficial informando que o município está investindo e preparando um Carnaval inesquecível e, por outro lado, garantindo durante algumas semanas de intensa propaganda que: ?EM FORMIGA LIXO TEM HORA E DIA CERTO?, a realidade que os frequentadores do balneário de Furnas tem visto (experimentado), não tem sido animadora.
A indispensável e insubstituível prestação do serviço público parece ter sido simplesmente cancelada sem aviso. Apesar da cantilena do ?tal hora e dia? certos para o recolhimento do lixo, repetida em verso e prosa, naquela região ao menos, não ocorreu nas últimas semanas.
Segundo o que foi apurado pela equipe de reportagem do jornal, que esteve no local onde estão as caçambas na quarta-feira (26) e registrou por meio de fotos tamanho descaso, o problema está sendo gerado em virtude da falta de algumas assinaturas, procedimento meramente burocrático. Sem elas (assinaturas) não é possível liberar poucos caraminguás para o conserto de um caminhão brook (que por sinal estrelou junto a outros veículos da mesma ?era? na famosa EXPOLATA em janeiro de 2013), e que hoje se encontra fora de combate.
É uma vergonha e isto constitui-se numa lamentável prova da incompetência administrativa de muita gente que não consegue definir o que é, ou não, prioridade!
Em virtude desta leniência, inúmeras foram as regiões deste município que na dependência das tais caçambas de recolhimento de lixo, conviveram e ainda convivem, com os incômodos e prejuízos de ordem econômica, sanitária e ambiental a eles impostos.
Todas as caçambas e seus arredores estão superlotados de lixo em Cunhas, Fazenda Velha, Pontevilla, Boa Esperança, Albertos, Penitenciária, na Faculdade e vários outros locais servidos pelo dito veículo que, segundo a promessa (à época da Expolata), seria logo substituído por um ?zerinho?.
Tudo bem. Não o foi, por falta de recursos. Mas, que no mínimo o mantivessem rodando, como até então, permitindo sua manutenção, ainda que de forma precária. Quem não tem cão, caça com gato, não é?
E tem mais, num governo que não titubeia em gastar e muito em outras ?coisitas? – o que se investiu naquele ?cuco? (veja a propaganda sobre o recolhimento de lixo veiculada me jornais da cidade) prometendo o que não se cumpre ? provavelmente pagasse o aluguel de 10 ou mais veículos e caçambas por alguns meses. Portanto, não se justifica a interrupção de serviço essencial, de forma tão brusca e por tanto tempo.
O que de fato está ou estará por detrás de tudo isto é a pergunta que não quer se calar: por quê?
Só para relembrarmos, no caso da falta d?água, após uma decisão judicial provocada por ação proposta pelo Ministério Público, apesar do verão se mostrar cada vez mais causticante, o Saae, repentinamente deixou de figurar nas manchetes dos jornais. A não ser em alguns locais pontuais, o que temos visto é que aquele imenso e preocupante desabastecimento, como que por milagre, reduziu drasticamente.
Tudo bem, hoje sabemos que aquela autarquia está sob nova direção e a ameaça da aplicação de multas e de outras penalidades por imposição judicial, que é real, deve ter funcionado como eficaz incentivo para a busca de soluções.
Daí outra pergunta: Será mesmo que em matéria de limpeza urbana, para o cumprimento daquilo que foi prometido e propagado (dia e hora certa para recolhimento de lixo) também precisaremos buscar um remédio assim tão amargo?
Voltando à Furnas, nãos nos esqueçamos que além do grave rebaixamento do nível das águas daquele lago que já foi conhecido como o Mar de Minas ? por razões até certo ponto compreensíveis ? fato que sem dúvida, atrapalha e muito o fluxo de turistas, teremos mesmo que conviver ou tolerar mais este evidente descaso com a ?coisa pública??
Confiram as fotos das caçambas. O que se mostra aqui, para os usuários de nossas rodovias, a poucos quilômetros de seus destinos finais é ou não, um forte ?desincentivo? à tal indústria sem chaminés? São eles, nosso público alvo, gerador e mantenedor do turismo que se quer incrementar? São os que investirão nos condomínios de luxo ou não, que proliferam na região e movimentam a construção civil criando milhares de empregos diretos e indiretos?
Mais uma vez lembramos aos nossos ilustres governantes que a iniciativa privada tem feito e bem, a sua parte! Inclusive investindo naquilo que em qualquer lugar do mundo, é obrigação de governo. Infraestrutura, pavimentação de estradas, viabilização de abastecimento de água, extensão de redes de eletrificação, auxílio a órgãos de segurança, etc.
Se o governo não faz, não investe no que é de sua responsabilidade, que ao menos não nos atrapalhe. Assim pensam alguns empresários (investidores) daquela e de outras regiões, seriamente afetadas por esta e outras formas comprovadas de inoperância e ou, de ingerência.

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