Com a notícia do cancelamento do Carnaval ? 2015 -, antes mesmo de ter sido anunciada a programação que já estava praticamente fechada pelo atual secretário de Cultura, André Gouvea, que ao assumir oficialmente a pasta, trabalhou em prol da realização da festa de Momo, após divulgada a decisão de Moacir, isto causou perplexidade e a reação de profissionais e músicos que já se julgavam contratados, foi grande.
Muitos deles reclamavam que deixaram de se comprometer com cidades vizinhas o que, em última análise, para eles representa um sério prejuízo.
Todos os ouvidos foram unânimes em afirmar que haviam sido contatados pelo atual secretário, discutiram preços e condições e tinham como certas suas contratações ? aluguéis de equipamentos. Inclusive elogiaram a intenção do atual secretário em dar preferência às bandas e empresas da cidade, diversificando os gêneros dos shows, locais e horários das apresentações o que, atenderia na opinião deles, a todos os gostos.
?Infelizmente neste governo, o que temos visto é a falta de apoio para o pessoal de casa e muita mordomia para a turma de fora. Tem tenor, um bando de artista de fora no Fenac, e ainda querem que a gente dê canja no Festival da Linguiça, aniversário da cidade e na hora de cooperar conosco, roem a corda e dá nisto aí. E olha que o prefeito é músico e prometeu que ia nos prestigiar. Deixa ele, dor de barriga não dá só uma vez não?, comentou um dos entrevistados.
André Gouvea não negou que já houvesse contatado seus colegas músicos e empresários do setor, pois ninguém melhor que ele que é experiente e conhece bem do ramo, sabe que não se prepara de afogadilho uma festa que precisa durar no mínimo quatro dias e tem que atender a gostos que variam de acordo com as camadas sociais e até mesmo na idade do público que precisa ser atendido. De mamando a caducando, de baile infantil a bailão que dura até a madrugada.
Há notícias de que músicos, empresários ligados ao ramo de entretenimento, locadores de palcos e equipamentos e barraqueiros e ambulantes já se mobilizam na tentativa de solucionar, ainda que em parte o problema. Para alguns deles, é exatamente no carnaval que conseguem garantir a maior parcela de seus faturamentos anuais.
Sobre o assunto, oficialmente, assim se pronunciou o secretário de Cultura, por meio da Secretaria de Comunicação:
?Como músico, entendo a situação dos profissionais. Por isso, tão logo foi tomada a decisão, fiz questão de entrar em contato com todos o mais rápido possível. A decisão de cancelamento foi tomada em conjunto, em reunião no gabinete. O momento é de cautela e a situação financeira da Prefeitura de Formiga, assim como de praticamente todas as prefeituras do país, é muito delicada. A cidade depende do trabalho dos servidores municipais e eles não podem ficar sem receber. Por isso, a Prefeitura está priorizando o pagamento dos funcionários, assim como a finalização da UPA?.

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