Uma mutação do SARS-CoV-2, nome científico do novo coronavírus, identificada em visons, na Dinamarca, foi detectada em 214 pessoas no país, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (6) pelo Statens Serum Institut, centro de referência para doenças infecciosas no país.

De todos os casos confirmados, 14 são de fora da região de Jutlândia do Norte, onde o governo dinamarquês anunciou ontem a imposição de restrições de movimento, com impedimento de trafegar entre diferentes cidades por quatro semanas, e a decisão de sacrificar cerca de 17 milhões de visons.

“A infecção entre as fazendas de visons está aumentando em número e extensão geográfica, sem que as medidas preventivas tenham funcionado”, apontou o Statens Serum Institut, por meio de comunicado.

“Foram visto novas variações de visons com Covid-19, que mostram uma sensibilidade reduzida aos anticorpos de várias pessoas com infecções anteriores. Isso é grave, já que pode significar que uma futura vacina será menos eficaz, por causa desses variantes”, indica o órgão.

O Statens Serum Institut ainda destaca que infecções foram identificadas entre pessoas que trabalham nas fazendas de visons, mas também entre a população local.

De acordo com o instituto, já foram detectadas cinco variações do SARS-CoV-2 no pequeno mamífero e uma delas “exibe uma menor suscetibilidade aos anticorpos de múltiplos indivíduos com infecções passadas, em relação ao vírus não mutado”.

Essa variação, conforme indica o Statens Serum, foi encontrada, especificamente, em cinco fazendas de visons e em 12 amostras de infecções em humanas, ao longo de agosto e setembro.

Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que estava em contato com as autoridades da Dinamarca e que vinha acompanhando a situação.

O Ministério da Agricultura da Suécia, por sua vez, confirmou ainda nesta quinta-feira, um surto de infecções do novo coronavírus entre visons, que afeta dez fazendas na região de Bleking, no sul do país.

Matéria do R7

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