A exposição ao sol de forma inadequada pode trazer inúmeros prejuízos à saúde, além de ser responsável pelo câncer de maior incidência no Brasil, o da pele. O problema que preocupa especialistas é alvo da XVII edição da Campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, que acontece no sábado) (7).

 As ações serão promovidas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e, em Minas, conta com o apoio da regional mineira (SBD-MG), departamento científico da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG).

 Serão mais de 120 postos distribuídos pelo Brasil. Cerca de 4.000 médicos voluntários e outros profissionais da saúde irão orientar a população sobre a doença, suas formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce.

 O mutirão de atendimento tem como objetivo a análise, o diagnóstico e o posterior tratamento da doença. De 9h às 15h, a população será atendida, via senha, em hospitais públicos credenciados, postos de saúde e tendas montadas em pontos de grande circulação. Nos postos, também estão previstas atividades educativas, como aulas expositivas sobre fotoproteção e sobre como suspeitar do câncer da pele.

 Durante o atendimento, os pacientes passam por exames e caso haja a suspeita de câncer da pele são encaminhados para diagnóstico complementar e tratamento, todo coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Solicita-se que, no dia da campanha, as mulheres compareçam sem maquiagem e esmalte, não usem protetor solar de cor base e tanto para o público feminino quanto masculino, seja escolhida uma roupa prática, como bermuda, por exemplo, para facilitar o exame dermatológico.

 De acordo com a coordenadora da campanha em Minas, a médica dermatologista Ana Carolina F. P. Cherobin, a expectativa é que a ação no estado beneficie cerca de três mil pessoas. “Em 2014, fizemos o diagnóstico de câncer da pele em 12,73 % dos que compareceram aos postos credenciados. Outro dado preocupante é o de que, das pessoas atendidas nos postos, 54,27% das mulheres não fazem uso de nenhum tipo de proteção solar. Entre os homens, este índice sobe para alarmantes 74,01%. A Campanha tem também o objetivo de esclarecer os cidadãos da importância da fotoproteção”, explica a especialista.

 O câncer da pele, de acordo com a SBD, pode ser dividido em dois grupos distintos: o não melanoma, mais frequente e menos agressivo e que acomete mais as populações de pele clara. São tumores de crescimento lento, localmente invasivos e raramente resultam em metástase a distância. É uma doença com altas taxas de cura se tratada de forma adequada. Já omelanoma é menos frequente do que os outros tumores da pele, porém sua letalidade é mais elevada. Acomete principalmente pessoas de pele clara. Se detectados em estágios iniciais são curáveis e com bom prognóstico.

 

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam o câncer da pele não melanoma como o mais comum no Brasil, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados. São estimados cerca de 133 mil novos casos de câncer da pele não melanoma no país (63 mil novos casos entre homens e 70 mil em mulheres). Para o melanoma, são aguardados cerca de três mil  novos casos no público masculino e três mil também para o feminino. Nas mulheres, o câncer da pele não melanoma é o mais frequente em todas as regiões, com um risco estimado de 110/100 mil na região Sudeste.

 

Em Minas Gerais, os números apontam, para este ano, um registro de 24 mil novos casos de câncer da pele, sendo 450 melanomas e 23.550 não melanomas. Destes casos, somente em Belo Horizonte são esperados cerca de seis casos diagnosticados para 100 mil habitantes, do tipo melanoma e 315 casos do tipo não melanoma.

 

 Mais informações sobre a XVI Campanha Nacional de Combate ao Câncer da Pele pelo telefone 0800 701 3187 ou www.sbd.org.br

 

Como identificar o Câncer da Pele

 

Além da proteção solar, é importante fazer uma avaliação clínica da pele para prevenir o desenvolvimento da doença. É preciso estar atento a alguns sinais.

 

 – Lesões na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida;

 

– Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

 

– Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

 

 Os serviços estarão sendo oferecidos nos seguintes locais:

 

 ALFENAS

 

Ambulatório Municipal Dr. Plínio Do Prado Coutinho

 

Praça Dr. Fausto Monteiro, nº 300, Centro – Informações: (35) 3698 2188

 

 BELO HORIZONTE

 

Serviço de dermatologia do Hospital das Clínicas da UFMG

 

Alameda Álvaro Celso, nº 55, Santa Efigênia – Informações: (31) 3409 9560

 

 CURVELO

 

Ambulatório do Hospital Imaculada Conceição.

 

Av. Timbiras, nº 590, Tibira – Informações: (38) 3721 1955.

 

 JUIZ DE FORA

 

Centro de Atendimento de Saúde do Hospital Universitário da UFJF – Unidade Dom Bosco

 

Av. dos Andradas, nº 444, Centro – Informações: (32) 3231 2731 ou 98843 2731

 

 MONTES CLAROS

 

Núcleo de Atenção à Saúde e de Práticas Profissionalizantes

 

Rua Porto Seguro, nº 4, Ibituruna – Informações: (38) 3212 2642 

 

 UBERABA

 

Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro

 

Av. Getúlio Guaritá, nº 330, Abadia – Informações: (34) 3318 5229

 

UBERLÂNDIA

 

Serviço de Dermatologia do HC da Universidade Federal de Uberlândia

 

Av. Pará, nº 1720, Umuarama – Informações: (34) 3218 4386

 

VIÇOSA

 

Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Viçosa

 

R. Professor Alberto Pacheco, nº 125/sala 706, Ramos

Informações: (31) 3891 2881 ou 31 99161 3776

 

 

 

Sociedade Brasileira de Dermatologia

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