Apesar das diferenças no impacto ambiental, a aparência das sacolas de plástico e das compostáveis é praticamente idêntica. Tanto que confunde até os fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte. Nesta terça-feira (19), no fim da tarde, a fiscalização esteve no Super Nosso do bairro de Lourdes – onde não foi constatada nenhuma irregularidade – e, para conferir se a sacola vendida ao consumidor era a permitida ou a proibida, o gerente de Regulação Urbana da Regional Centro-Sul, William Nogueira, e o fiscal que o acompanhava, tiveram que conferir na nota fiscal do produto.
Realmente, ainda não temos habilidade para saber se a sacola é a biodegradável e compostável ou não, por isso, pedimos a nota fiscal, disse Nogueira. A legislação exige que as sacolas tenham impressas com destaque a informação de que estão em conformidade com a norma NBR 15448-2:2008, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mas o comércio tem um prazo de 120 dias para se adequar a esta exigência.
Até lá, o gerente da Regional Centro-Sul sugere que o consumidor siga o exemplo da fiscalização e peça a nota fiscal da sacola, para saber se ela é ou não compostável. Questionado se ele acredita mesmo na adoção do procedimento pela população, ele respondeu que este é um direito do consumidor. O consumidor pode pedir a comprovação. É um direito dele,disse.
A desempregada Alessandra Dada fez compras na segunda-feira e saiu da loja cheia de sacolas que, aparentemente, eram de plástico. Ela disse que a loja não informou a ela se a embalagem era ecológica, como manda a lei, ou se ainda fazia parte do estoque antigo. Eu achei até estranho, afirmou. Ela diz que esqueceu de levar uma embalagem de casa e estava pronta para comprar uma sacola retornável para carregar os ovos de Páscoa. Tanto ontem, quanto na segunda-feira, era comum ver pessoas carregando sacolas com aparência igual às que foram proibidas, mas o consumidor não sabia diferenciar os produtos.

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