Ao buscarmos o significado da palavra “continuísmo”, encontraremos a seguinte resposta:

Continuísmo: Forma pejorativa de continuidade. Permanência de alguém em um cargo por muito tempo.

Aí, facilmente se imagina que um dirigente público, ainda que ocupando um simples cargo de secretário, estaria impedido de continuar no posto, em determinada mudança de governo. Como exemplao, citamos aquele que neste município responde há muitos anos pela gestão da pasta da Educação e que, se fosse verdadeira a premissa acima apresentada, estaria fadada ao insucesso. Ledo engano, aqui, ao contrário, ela se revelou num estrondoso sucesso!

O que verificamos desde os tempos do PT no governo local e, felizmente, até hoje, sob o seu comando na gestão do PMDB, é que a nossa Educação Básica, diretamente afeta à administração municipal, vem gradativamente se submetendo a uma verdadeira revolução. Isto a levou a um patamar de resultados invejáveis, capaz de nos colocar no topo da última avaliação promovida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

É preciso ressaltar que, pelo menos quatro de nossas escolas, agora alcançaram médias excelentes dentre aquelas avaliadas nos 5.394 municípios espalhados por todo o Brasil.  Estas, que tinham como meta alcançar a nota 6, ultrapassaram os 7 pontos e a Escola Paulo Barbosa bateu o recorde, tendo obtido 7,8.

A pergunta que não quer se calar é: O que teria havido para que este resultado tão expressivo ocorresse? Terá sido apenas a competência e a simpatia do nosso secretário; o ótimo nível de nossos professores; os exuberantes salários aqui praticados; a excelente merenda escolar ofertada pelo município; a eficiência e a regularidade do transporte escolar oferecido; a dedicação e o comprometimento do funcionalismo da área de educação como um todo, dos serviçais à direção das escolas; o material disponibilizado aos alunos e mestres, as excelentes condições físicas de nossas escolas; etc,etc?

Claro que só pode ter sido tudo isto e muito mais. O encadeamento das políticas implantadas anteriormente e a permanência da direção maior, assim como a não interrupção de um processo produtivo desencadeado no passado, certamente, foram os principais fatores capazes de permitir o prosseguimento de uma política que já se mostrara como benéfica e que, garantida a sua continuidade como algo de valor a ser preservado, a ser visto como prioridade, resultou no sucesso agora alcançado.

Exemplos em sentido oposto não nos faltariam para encher páginas, se quiséssemos apontar erros que poderiam muito bem, ser evitados a partir de certas trocas de cargos, havidas inclusive, dentro de uma mesma administração. Economizaríamos tempo, dinheiro e obviamente sobrariam recursos públicos que hoje todo mundo sabe andam bem escassos, se elas não tivessem ocorrido!

Mas, o resultado está aí. Comprovou-se que política educacional é algo a ser pensado a médio e longo prazos. Assim sendo, melhor será se quem vier a dirigi-la no futuro, tenha competência e vontade para manter o que vem dando certo.

Neste caso, assim como em outras áreas, notadamente técnicas (Cultura, Meio Ambiente, Gestão de Saúde, Políticas Sociais e outras mais), o ideal é que, o fantasma do continuísmo que assusta nossos governantes a cada quatro anos e a muitos outros dentro de um mesmo mandato, seja exorcizado de vez. Que se criem formas de se manter em tais cargos, preferencialmente, funcionários de carreira, ligados a estas áreas já que, se competentes, certamente sobreviverão às intempéries que as mudanças de governos criam e com isto, ganharemos todos nós que bancamos e pagamos a estes, assim como aos incompetentes.

O exemplo do sucesso obtido pela área da Educação nos permite endossar esta tese que, a bem da verdade, está resumida no velho ditado popular que afirma: “em time que está ganhando, não se mexe”. Que em 2017, nosso futuro governante, seja lá quem for não se esqueça disto.

 

 

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