Fundado no dia 25 de março de 1908, o Atlético completa, nesta segunda-feira, 111 anos de história. Após o primeiro ano de resultados decepcionantes na gestão Sette Câmara, o Galo tenta dar a volta por cima em 2019 para voltar a conquistar grandes títulos. Uma das medidas adotadas na temporada é o retorno ao Mineirão. Após um ano como mandante apenas no Independência, o Alvinegro voltou ao Gigante da Pampulha e a expectativa é por partidas com grande público.

Já foram três jogos no Mineirão como mandante em 2019. A média de público é de 42.945. O recorde do estádio na temporada foi registrado pelo Atlético, em confronto que marcou a classificação do time para a semifinal do Campeonato Mineiro – vitória por 3 a 1 sobre o Tupynambás. O Alvinegro promoveu a partida como a festa de aniversário de 111 anos, com shows e promoção de cerveja. O resultado: foram 46.924 pessoas no Gigante da Pampulha.

O Mineirão deve ser, até a construção da Arena do Galo, a casa alvinegra para as grandes partidas. Os próximos jogos da Copa Libertadores serão no Gigante da Pampulha. O time deve jogar a reta final do Estadual e os confrontos com expectativa de grande público do restante da temporada no estádio.

E em campo?

Nesse domingo (24), o Atlético avançou à semifinal do Campeonato Mineiro. O Galo passou pelo Tupynambás com a vitória por 3 a 1. Já na Copa Libertadores as coisas não estão boas. O Alvinegro é o lanterna do grupo E, com duas derrotas em dois jogos. O time precisa de uma campanha quase perfeita para chegar às oitavas de final.

O técnico Levir Culpi ainda tenta fazer a equipe encaixar. O treinador viveu momento de turbulência nas últimas semanas por causa das derrotas na Copa Libertadores. Ele mostrou até um perfil diferente, com respostas mais duras nas entrevistas. O comandante demonstrou felicidade com a vitória desse domingo, véspera do aniversário do clube.

Para 2019, o presidente Sérgio Sette Câmara manteve o discurso de seu primeiro ano de mandato. O Atlético segue a política de evitar grandes investimentos em contratações. Do jogadores que chegaram em 2019, o clube só gastou com o lateral-direito Guga e com o zagueiro Igor Rabello – comprado com ajuda do banco BMG, parceiro em algumas negociações.

A prioridade segue no pagamento das dívidas. Com a venda do jovem Emerson para o Barcelona (R$ 50,8 milhões), o clube quitou pagamentos atrasados que poderiam gerar complicações na Fifa.

Arena do Galo

Um ano e seis meses depois de ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do Atlético, a construção da Arena do Galo, no Bairro Califórnia, ainda é cercada de incertezas e desafios. A nova casa alvinegra está na mira do Ministério Público de Minas Gerais. No mês passado, o órgão instaurou um procedimento preparatório para apurar as condições pelas quais será erguida a construção. A intenção do MP é investigar se o clube está cumprindo as regras na área de preservação permanente. Essa investigação é tida como algo comum em grandes obras e deve ter um parecer nos próximos dias.

Além disso, o clube ainda tenta solucionar o quanto antes as pendências ambientais, estaduais e municipais, para planejar o início das obras, que já tiveram vários atrasos desde o ano passado. Nesse sentido, a parte burocrática deve arrastar a construção do empreendimento para o segundo semestre deste ano.

Em janeiro, o clube obteve uma vitória em difícil batalha, já que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas deu anuência ao projeto de canalização do trecho do Córrego do Tejuco e liberou a outorga para o estado. Em novembro, o então governador Fernando Pimentel já havia assinado decreto avalizando a obra do novo estádio como uma obra de interesse social, o que inclui a criação de projetos que beneficiam a comunidade ao redor onde ficará a nova arena.

O cronograma do Atlético previa o início da construção do estádio no primeiro semestre do ano passado. Porém, devido aos entraves burocráticos no decorrer do processo, o clube teve de reorganizar a agenda. Internamente, a diretoria trabalha com a possibilidade de a terraplanagem começar no segundo semestre deste ano. O clube contará com a parceria da MRV (que doou o terreno do estádio e adquiriu os naming rights) e do Banco BMG, atual patrocinador máster alvinegro, que se disponibilizou a comprar cadeiras cativas.

 

 

Fonte: Estado de Minas ||

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